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Catalunha

Espanha prepara intervenção na Catalunha para sábado

O governo de Madri estudava nesta sexta-feira (20) as medidas concretas com as quais se prepara para intervir na autonomia da Catalunha em resposta ao desafio separatista. Entre as medidas, já se cogita a convocação de eleições regionais antecipadas para o início de 2018.

Felipe VI: Catalunha, uma "inaceitável tentativa de secessão".
Felipe VI: Catalunha, uma "inaceitável tentativa de secessão". REUTERS/Vincent West
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Poucas horas antes do anúncio das medidas, que deverá ocorrer neste sábado (21), os dirigentes máximos do país aumentaram o tom do seu discurso: enquanto o rei Felipe VI denunciava que a Espanha passa por uma “inaceitável tentativa de secessão”, o primeiro-ministro Mariano Rajoy afirmou que a “situação chegou ao seu limite”

No mesmo evento em que discursou o rei, em Oviedo, no norte da Espanha, o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, reiterou veladamente a oposição da União Europeia a uma secessão unilateral da Catalunha, referindo-se àqueles que “semeiam a discórdia, ignorando voluntariamente as leis”.

PP e PSOE aliados contra a independência

O Partido Popular (PP) de Mariano Rajoy negocia há dias com os membros do Partido Socialista Operário Espanhol, principal força de oposição, a aplicação do artigo 155 da Constituição, que permite a intervenção total ou parcial do governo central numa região autônoma para obrigá-la ao cumprimento da lei.

As medidas serão detalhadas neste sábado em uma reunião extraordinária de ministros, sendo submetidas, até o final do mês, à aprovação do Senado, onde os conservadores do PP têm a maioria das cadeiras.

República da Catalunha

A suspenção da autonomia, no entanto, é uma jogada arriscada em uma Catalunha que se preza do seu autogoverno, encarregado dos serviços de saúde e educação, além da polícia regional, os Mossos d’Esquadra.

O presidente catalão, Carles Puigdemont, já ameaçou que, caso Madri lance mão do artigo 155, o parlamento da Catalunha poderá declarar a República Catalã unilateralmente, amparando-se no referendo proibido do dia Primeiro de outubro, que, segundo os separatistas, deu vitória ao “Sim” da independência.

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