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Terrorismo

Polícia busca conexões de terroristas da Catalunha no Marrocos, França e Bélgica

Os investigadores continuam as buscas por possíveis conexões da célula jihadista que matou 15 pessoas nos atentados de Barcelona e de Cambrils na última quinta-feira (17). A polícia procura possíveis colaboradores dos terroristas fora da Espanha, no Marrocos, na França e na Bélgica.

Polícia catalã patrulha mercado da Boquería, por onde fugiu autor do atropelamento de Barcelona.
Polícia catalã patrulha mercado da Boquería, por onde fugiu autor do atropelamento de Barcelona. REUTERS/Sergio Perez
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As investigações não se restringem à Espanha. As autoridades trabalham com a pista de que o grupo recebeu ajuda de jihadistas fora do país. Marrocos é o país de origem da maioria dos integrantes da célula. Entretanto, até o momento as autoridades marroquinas não reagiram às notícias nos jornais espanhóis sobre várias detenções nesse país relacionadas com os ataques.

Os jihadistas também teriam passado pela França e pela Bélgica antes de cometer os atentados. O prefeito da cidade belga de Vilvoorde,  Hans Bonte, indicou que o suposto mentor dos atentados, o imã Abdelbaki Es Satty, morou no local entre janeiro e março de 2016.  "Ele se apresentou de repente e disse que queria ser imã porque na Espanha não tinha futuro", contou ao jornal El País, acrescentando que as autoridades belgas consultaram as espanholas sobre seus vínculos com o terrorismo e a resposta foi negativa.

Operação tem sequência na Catalunha

A polícia regional catalã, a Mossos d'Esquadra, que conduz a investigação, realizou novas batidas na noite de terça-feira (22). A primeira foi em uma central telefônica de Ripoll, localidade onde vivia a maioria dos membros da célula terrorista e onde Satty atuava como imã.

A outra aconteceu em Vilafranca del Penedés, que fica perto do lugar onde, na segunda-feira (21), a polícia matou o marroquino Younes Abouyaaqoub, de 22 anos. Ele é o responsável pelo atropelamento da multidão na turística avenida Las Ramblas de Barcelona, matando 13 pessoas e ferindo mais de 100.

Ataques de maiores dimensões

A célula jihadista havia planejado causar muito mais dano, utilizando uma grande quantidade de explosivos em ataques de maiores dimensões. Segundo o espanhol Mohamed Houli Chemlal, de 21 anos, um dos quatro suspeitos que compareceram na véspera diante de um juiz antiterrorista, o imã planejava se suicidar em um grandioso atentado.

O suspeito também relatou que seus companheiros queriam explodir grandes monumentos do país com os artefatos que explodiram na casa de Alcanar, 200 quilômetros ao sul de Barcelona. A deflagração matou Satty e mais um membro da célula.

Entre os escombros, foram encontrados 120 botijões de gás, uma enorme quantidade de pregos, detonadores e pelo menos 500 litros de triperóxido de triacetona (TATP), um poderoso explosivo conhecido entre os grupos radicais como "a mãe de Satã".

Oito jihadistas mortos

No total, oito membros do grupo foram abatidos pela polícia ou morreram em uma explosão acidental em Alcanar. O juiz determinou na terça-feira a prisão provisória de Mohamed Houli Chemlal, espanhol de 21 anos, e de Driss Oukabir, marroquino de 27 anos. O primeiro pertencia ao grupo diretamente envolvido na preparação de dispositivos explosivos na casa de Alcanar. O segundo alugou em seu nome a van usada para o atropelamento de Barcelona.

O juiz Fernando Abreu, encarregado da investigação, decidiu libertar outro suspeito, Mohamed Aalla, cujos indícios de culpa são escassos. Ele foi colocado sob controle judicial. O magistrado também preferiu investigar mais para decidir se solta ou não um quarto suspeito, Salh El Karib, e se deu três dias de prazo para tomar a decisão. Ele teria comprado passagens aéreas para os membros da célula.

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