Europeus e EUA se reúnem para discutir "caos" na Líbia
Os ministros das Relações Exteriores europeus, dos Estados Unidos e dos países vizinhos da Líbia se reúnem nesta segunda-feira (16) em Viena para discutir o “caos” no país, dividido politicamente e sob ameaça constante dos jihadistas.
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Os ministros vão discutir o apoio internacional ao novo governo, dirigido por Fayez al-Sarraj, e vão se concentrar em questões de segurança, segundo o porta-voz do departamento de Estado, John Kirby. A reunião será presidida pelo chefe da diplomacia italiana Paolo Gentiloni e o secretário de Estado americano, John Kerry.
A reunião acontece em um momento crucial: os jihadistas do grupo Estado Islâmico conquistaram na semana passada o vilarejo de Abou Grein, a cerca de 100 quilômetros a oeste de Sirte, depois de uma série de ataques contra as forças militares do governo de união.
Para facilitar a ofensiva governamental, os Estados Unidos devem rever o embargo da ONU sobre as armas, imposto no início da revolta contra o regime de Muammar Kadhafi, em 2011, para ajudar as novas autoridades a lutar contra os jihadistas, que contam com mais de 3 mil combatentes na Líbia.
Governo está dividido
O problema é que o conflito entre o governo de união e as forças governamentais paralelas, ambas dispostas a expulsar os extremistas, enfraquecem a luta contra o grupo radical e tornam distante a perspectiva de uma reconciliação. Um dos desafios de Sarraj será obter a adesão do governo paralelo.
A corrida de ambas as facções para libertar Sirte é um erro, disse o presidente da Comissão de Defesa do Senado italiano, Nicola Latorre. Segundo ele, a reunião em Viena também será a ocasião para unir o governo e estabelecer as bases de uma ação comum. Outro objetivo é discutir o fluxo migratório na região, que está a apenas 300 quilômetros da costa italiana.
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