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Europol admite desaparecimento de mais de 10.000 crianças migrantes

A Europol confirmou neste domingo (31) que mais de 10.000 crianças migrantes desapareceram nos últimos 18 a 24 meses na União Europeia. A agência policial teme que muitas dessas crianças tenham sido capturadas por redes do crime organizado para exploração sexual. Os dados foram revelados pela revista semanal britânica The Observer em seu site na internet. A metade dos sumiços ocorreu na Itália.

Várias crianças estavam no grupo de 53 refugiados que a França recebeu em setembro na cidade de Champagne-sur-Seine.
Várias crianças estavam no grupo de 53 refugiados que a França recebeu em setembro na cidade de Champagne-sur-Seine. REUTERS/Christian Hartmann TPX IMAGES OF THE DAY
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De acordo com Brian Donald, um funcionário da Europol citado pela The Observer, esses dados correspondem aos menores que desapareceram do radar das autoridades depois de terem sido registrados nos cadastros do bloco. O funcionário acredita que nem todas as crianças caíram nas garras de criminosos. "Algumas devem ter se juntado a seus familiares. Nós só não sabemos onde elas estão, o que fazem e com quem", disse Donald.

Cerca de um milhão de imigrantes chegaram à Europa em 2015, na mais grave crise migratória que o continente enfrentou desde a Segunda Guerra Mundial. Do total de migrantes, cerca de 27% são crianças. "Nem todas viajaram desacompanhadas, mas também temos provas de que uma grande parte delas chegou sem acompanhante", explica o funcionário da Europol.

ONGs evocam "grande problema" na rota dos Bálcãs

Segundo Donald, uma "infraestrutura criminosa sofisticada" se desenvolveu nos países europeus com o objetivo de explorar os migrantes. A Alemanha e a Hungria já prenderam várias pessoas envolvidas nessas atividades. Os grupos criminosos implicados no tráfico de seres humanos agora também estão ativos em redes de imigração ilegal para explorar os migrantes, disse Donald.

Organizações humanitárias e governamentais que trabalham na "Rota dos Bálcãs" alertaram a Europol sobre a exploração de crianças migrantes, referindo-se à situação como "um grande problema".

O governo britânico anunciou quinta-feira (28) que iria sediar as crianças refugiadas que foram separadas de suas famílias pelo conflito na Síria e em outros países.

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