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Espanha/ política

Espanhol Rajoy insiste em formar governo com socialistas

A Espanha segue em um impasse político sobre quem vai comandar o país, depois que as eleições legislativas de dezembro não deram maioria ao primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, do Partido Popular (PP). O premiê conservador declarou neste sábado que vai continuar tentando fechar uma aliança com os socialistas e os centristas do Ciudadanos para obter a maior parte das cadeiras no Parlamento.

Conservador Mariano Rajoy se agarra à oportunidade de formar um novo governo, mas chances de sucesso parecem reduzidas.
Conservador Mariano Rajoy se agarra à oportunidade de formar um novo governo, mas chances de sucesso parecem reduzidas. REUTERS/Juan Medina
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Na noite de sexta-feira, o chefe de governo em fim de mandato surpreendeu ao renunciar, por enquanto, a pedir a confiança do Parlamento. Essa era a proposta do rei Felipe 6º, após uma rodada de consultas com os diferentes partidos do Congresso. A série de diálogos deveria resultar em um acordo para a formação do futuro governo, uma tarefa que Rajoy não conseguiu cumprir até agora, mais de um mês depois das eleições.

"Mantenho minha candidatura, mas não posso apresentá-la hoje porque não só não tenho a maioria, como tenho uma maioria contra", explicou, na sexta-feira. Atualmente, o primeiro-ministro conta com apenas 119 votos a favor do seu partido e cerca de 180 contra, em um Congresso com 350 assentos.

Neste sábado, ele reiterou achar possível chegar a um entendimento com o Partido Socialista (PSOE) e o Ciudadanos, com os quais demonstrou fortes divergências durante a campanha eleitoral. Mas, para Rajoy, essa seria “a opção mais coerente”. “Essa era a nossa proposta e continua sendo”, comentou, depois de uma reunião do seu partido Popular, em Córdoba.

Esquerda se une, à espera da sua vez

O líder socialista Pedro Sánchez apressou o PP a formar um governo ou então a desistir do poder. “Nós achamos que Rajoy é obrigado a se apresentar como candidato a presidir o governo ou então a renunciar definitivamente ao seu direito de fazê-lo”, declarou, em um comunicado.

Rajoy argumenta que, se deixasse para os socialistas a tarefa de chegar a um consenso, eles ficariam à mercê dos radicais de esquerda do Podemos. “O governo que Pedro Sanchez procura desesperadamente ficaria às ordens do Podemos, seria hipotecado e humilhado por ele”, alfinetou o premiê.

Rei fará nova rodada de consultas

A partir da quarta-feira, o rei Felipe 6º iniciará nova rodada de consultas para encontrar um candidato para chefiar o Executivo. Rajoy era a primeira opção, após vencer as eleições de 20 de dezembro com 28,7% dos votos.

No entanto, a renúncia de sexta-feira indica a sua dificuldade em conseguir aliados, enquanto os partidos de esquerda mostravam a disponibilidade para formar um governo de coalizão, em seus encontros com o rei. Essa eventual aliança seria formada pelo PSOE (89 deputados), o Podemos (65) e o comunista-verde Esquerda Unida (IU, dois assentos).

Com informações AFP
 

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