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Terrorismo

França e Dinamarca reagem a convite de Netanyahu a judeus europeus

Os judeus da Dinamarca se disseram “agradecidos” pela oferta do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que afirmou “esperar de braços abertos por todos os judeus da Europa”. Mas o porta-voz da comunidade judaica no país disse que eles não seguirão o chamado para emigrar a Israel. Na França, o presidente François Hollande apelou aos judeus de seu país que ignorem o convite de Netanyahu.

Benjamin Netanyahu em seu escritório, em Jerusalém, neste domingo.
Benjamin Netanyahu em seu escritório, em Jerusalém, neste domingo. REUTERS/Abir Sultan/Pool
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No fim de semana, um ataque terrorista em Copenhague, visando a principal sinagoga da cidade, e a profanação de túmulos judaicos na França expuseram o ambiente hostil aos judeus na Europa. O premiê de Israel convocou, no domingo (15), os judeus europeus a se instalarem em seu país. “Israel é o lar de vocês. Nós estamos preparados para receber uma imigração em massa”, afirmou Netanyahu.

O porta-voz da comunidade judaica na Dinamarca, Jeppe Juhl, disse que “compreende a preocupação” do primeiro-ministro e que aprecia sua solicitude. “Mas nós somos dinamarqueses e continuaremos dinamarqueses. Não será o terror que nos fará partir para Israel”, completou Juhl.

Cinco detidos por profanação

O atentado se soma a outros incidentes antissemitas na Dinamarca, como pichações e janelas quebradas em uma escola judaica da capital, no último mês de agosto. O país possui uma comunidade de 8 mil judeus, a maioria em Copenhague.

Na França, tanto o presidente François Hollande quanto o primeiro-ministro Manuel Valls reagiram à convocação de Netanyahu. “Os judeus têm seu lugar na Europa e, particularmente, na França”, disse Hollande. “A França está ferida como vocês e a França não quer que vocês partam”, afirmou Valls, dirigindo-se à comunidade judaica do país, que conta entre 500 mil e 600 mil integrantes.

Nesta segunda-feira, cinco menores de idade foram detidos por suspeita de serem os autores da profanação do cemitério judaico de Sarre-Union, na região da Alsácia, o maior crime desse tipo desde 1990.
 

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