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Ucrânia/Crise

Merkel e Hollande viajam a Ucrânia e Rússia para tentar acordo de paz

Nesta quinta-feira (5), o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, fizeram uma visita supresa a Kiev, para apresentar um plano de paz ao presidente Petro Porochenko. Eles jantaram com o líder ucraniano, mas o teor da conversa não foi divulgado. Um pronunciamento conjunto que estava agendado para depois da reunião foi cancelado.

Petro Porochenko (c) recebe François Hollande (d) e Angela Merkel em Kiev
Petro Porochenko (c) recebe François Hollande (d) e Angela Merkel em Kiev REUTERS/Valentyn Ogirenko
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O único documento divulgado após o encontro foi um comunicado da presidência ucraniana, em que Porochenko afirma que a medida reacende a esperança de um cessar-fogo no leste separatista. O texto destaca ainda a importância de que todas as partes envolvidas no conflito respeitem os acordos assinados em Minsk em setembro de 2014.

O plano, que Hollande anunciou numa coletiva de imprensa hoje cedo em Paris, é baseada na integridade territorial da Ucrânia e tem tom de ultimato: o próprio chefe francês afirmou que a diplomacia não pode ser prolongada indefinidamente. Apesar disso, ele garantiu que não vai debater o envio de armas a Kiev.

Envio de armas americanas

Pois é exatamente o que faz o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que também está no país. De acordo com ele, essa antiga demanda das autoridades ucranianas será analisada em breve pelo presidente Barack Obama.

"Ele revisa todas as opções. Entre elas, a possibilidade de envio de armas defensivas", afirmou. O momento é particularmente delicado, já que as forças de Kiev sofreram uma série de derrotas para os rebeldes pró-russos, que veem renovadas as esperanças de expandir seu território.

Nas palavras do chefe da diplomacia americana, Washington não busca o conflito com a Rússia, mas também não pode "fechar os olhos para os blindados que cruzam a fronteira russa em direção à Ucrânia". Apesar dessa divergência, Kerry já expressou seu apoio à iniciativa franco-alemã, bem como a Otan e a União Europeia.

Nesta sexta-feira, Hollande e Merkel embarcam para Moscou, onde devem tentar convencer o presidente Vladimir Putin a abraçar a causa. Para os Estados Unidos, a saída para a crise que já deixou mais de 5,3 mil mortos está 100% nas mãos do mandatário russo.
 

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