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Ucrânia/Crise

Yanukovitch reaparece na Rússia e pró-europeu assume governo interino na Ucrânia

O presidente ucraniano deposto, Viktor Yanukovitch, vai dar uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (28) em Rostov, cidade do sul da Rússia, na fronteira com a Ucrânia. Ele estava desaparecido desde sua deposição, no sábado. O pró-europeu Arseni Iatseniouk assumiu o cargo de primeiro-ministro interino da Ucrânia. A comunidade internacional está preocupada com os riscos de separatismo na Ucrânia, depois que militantes pró-russos armados ocuparam o Parlamento e a sede do governo da Crimeia.

Viktor Yanukovitch, deposto no sábado, declarou nesta quinta-feira (27) ser o legítimo presidente da Ucrânia.
Viktor Yanukovitch, deposto no sábado, declarou nesta quinta-feira (27) ser o legítimo presidente da Ucrânia. REUTERS/Konstantin Chernichkin
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A entrevista coletiva de Yanukovitch está prevista para as 17h, no horário local (10h em Brasília). A cidade russa de Rostov fica a 200 quilômetros de Donetsk, reduto do presidente deposto na Ucrânia.

Pouco antes de anunciar a coletiva, Yanukovitch havia afirmado que ainda é presidente da Ucrânia. Ele também pediu para a Rússia garantir a segurança dele.

Viktor Yanukovitch não tinha dado sinal de vida desde que foi deposto pelo Parlamento ucraniano, no último sábado. Ele é acusado de “assassinato em massa” pela repressão ao movimento de contestação contra seu governo.

A reaparição de Yanukovitch coincidiu com a escolha do parlamento ucraniano por Arseni Iatseniouk, 39 anos, para assumir interinamente o cargo de primeiro-ministro. Ex-ministro da Economia e das Relações Exteriores, Iatseniouk vai dirigir o governo até a eleição presidencial antecipada prevista para o dia 25 de maio. Ele declarou que não vai se candidatar ao pleito.

Tensão na Crimeia preocupa comunidade internacional

A comunidade internacional está preocupada com o aumento da tensão na Crimeia, depois que militantes pró-russos armados ocuparam o Paralamento e a sede do governo da Crimeia. O Parlamento da península do sul da Ucrânia marcou para o próximo dia 25 de maio, mesmo dia das eleições presidenciais antecipadas no país, um referendo por mais autonomia na região. A decisão do presidente russo,Vladimir Putin, de colocar em estado de alerta as tropas russas na região complicou a situação.

Washington e a Otan pediram que Moscou evite uma escalada da violência na região. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, garantiu que o país está apenas respeitando os acordos assinados com a Ucrânia sobre a frota russa estacionada no Mar Negro, na Crimeia. A península ucraniana tem laços históricos com a Rússia e a maioria de sua população fala russo.

Lavrov disse ao secretário de Estado americano, John Kerry, que a Rússia vai respeitar a integridade territorial da Ucrânia. A conversa por telefone aconteceu pela manhã, informou Kerry a jornalistas.

O ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, fez um apelo para que Moscou colabore com os Estados Unidos e com a União Europeia para ajudar a Ucrânia. Segundo Steinmeier, a estabilidade política de Kiev precisa ser acompanhada por estabilidade econômica. A Ucrânia tem um déficit público de 13 bilhões de euros, uma soma enorme comparada às reservas que encolheram para menos de 18 bilhões de euros.

Governo interino pró-europeu empossado

O líder pró-europeu Arseni Iatseniuk foi empossado hoje como novo primeiro-ministro pelo Parlamento da Ucrânia. Com 39 anos, o ex-ministro da Economia e das Relações Exteriores vai dirigir o governo de união nacional até as eleições presidenciais de maio. Ele assume a direção de um país à beira da falência, em conflito com a Rússia e ameaçado de separatismo.

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