Fomação do novo governo da Ucrânia será anunciada na noite desta quarta
A composição do novo governo de união nacional da Ucrânia será conhecida nesta quarta-feira (26) na Praça da Independência da capital Kiev, local ocupado pelos manifestantes desde o começo dos protestos, há três meses. O anúncio será feito às 19h no horário local (13h em Brasília).
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Os nomes mais citados para o cargo de primeiro-ministro são o do banqueiro e um dos líderes da oposição, Arseni Iatseniuk, e o do oligarca Petro Porochenko. A ex-chefe do governo Iulia Timochenki já indicou que não disputa o cargo porque vai passar por um tratamento de saúde na Alemanha.
A campanha para as eleições presidenciais antecipadas, que serão realizadas no dia 25 de maio, começou na terça-feira (25) e os candidatos têm até o dia 30 de março para se inscrever.
O ex-campeão do mundo de boxe e ícone da oposição, Vitali Klitschko, já anunciou a sua candidatura, bem como o governador pró-Rússia da região de Kharkiv, Mikhailo Dobkine.
Tensão entre Rússia e comunidade internacional
O governo provisório ucraniano se empenha para tentar diminuir as tensões entre os ocidentais e a Rússia para evitar uma falência do país e apaziguar as "tentações" separatistas entre o leste russófono e o oeste nacionalista e pró-europeu.
Moscou se declara contra as eleições antecipadas, mas o ministro das Relações Exteriores Serguei Lavrov declarou que seria "perigoso e contra-produtivo" forçar a Ucrânia a escolher entre o apoio da Rússia ou dos ocidentais.
Lavrov lançou um apelo hoje para que a Organização pela Segurança e Cooperação na Europa condene a tendência separatista no oeste pró-europeu, que classificou como "nacionalista e neofascista". Ele acredita que os ucranianos do oeste fazem a população russófona do leste se sentir como "não-cidadãos" e limitam a sua liberdade de expressão.
Mortes dos manifestantes
O ministro ucraniano do Interior, Arsen Avakov, anunciou na manhã desta quarta-feira que as forças de ordem do país, conhecidas como Berkout, foram extintas. A Berkout é acusada de lançar uma repressão sangrenta no país, sob ordem do ex-presidente Viktor Yanukovitch, agora foragido e acusado de "assassinatos em massa". Os confrontos entre as forças de ordem e os manifestantes resultaram na morte de ao menos 82 pessoas, na semana passada.
O presidente interino, Olexandre Tourtchinov, anunciou hoje que assumiu o controle do Exército.
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