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Portugal/Greve

Lixeiros de Lisboa vão prosseguir greve até 5 de janeiro

A paisagem que se vê na capital portuguesa após o Natal é bem diferente dos cartões postais que vendem uma das mais belas e limpas cidades da Europa. Montanhas de sacos de lixo, caixas e papéis espalhados pelas ruas com a ajuda do vento forte e da chuva, lembrando as imagens das ruas napolitanas durante a chamada “guerra do lixo” no sul da Itália.

Lixo acumulado em uma rua de Lisboa, onde a greve começou na véspera do Natal.
Lixo acumulado em uma rua de Lisboa, onde a greve começou na véspera do Natal. Reprodução Youtube/Euronews
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Por Adriana Niemeyer, correspondente da RFI em Lisboa

Estima-se que 90% dos lixeiros aderiram à greve.Os funcionários dos serviços de limpeza da Câmara Municipal de Lisboa pararam na última terça-feira contra a mudança do seu vínculo empregatício; de funcionários municipais eles passarão a ser funcionários das sub-prefeituras, o que consideram uma desvantagem. Eles protestam também contra o aumento da carga horária de trabalho que passa de 35 para 40 horas semanais.

Montanhas de lixo

Somente na madrugada de sábado, 31 de dezembro, deve começar parcialmente a coleta, mas a greve deve ainda durar até o dia 5 de janeiro de 2014. Apesar das autoridades terem apelado aos lisboetas que guardassem o lixo deste Natal em casa, muitos ignoraram ou rejeitaram o pedido.

Em zonas turísticas da capital, como  Baixa e Alfama, não é diferente. Os comerciantes que reabrem suas lojas reclamam do volume de lixo acumulado. Na porta de várias agências bancárias, caixotes e sacos empilhados impedem a entrada dos funcionários e clientes.

Para piorar o cenário da festa do Ano Novo estão previstas greves nos transportes, correios e do pessoal de terra do aeroporto, num protesto convocado pelos sindicatos contra o Orçamento de Estado para o próximo ano e contra os cortes nos salários. Ou seja, uma pequena mostra do que promete 2014 para Portugal apesar da mensagem relativamente otimista do governo que aponta para um crescimento da economia de 0,8% , que o déficit desça para os 4% e a dívida pública caia para 126% do PIB. O desemprego, no entanto, deve continuar a subir rumo aos 18%.

 

 

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