"O Mediterrâneo está virando um cemitério", diz premiê de Malta após novo naufrágio
Neste sábado, ao sul das ilhas de Malta e Lampedusa, as equipes de salvamento prosseguem as buscas por corpos de imigrantes que foram vítimas de um novo naufrágio na sexta-feira. Oito dias depois da tragédia perto de Lampedusa, quando um barco pegou fogo e afundou, deixando mais de 300 mortos, um novo drama se repete na região. Das 250 pessoas que estavam na embarcação, 200 foram salvas.
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"O Mediterrâneo está virando um cemitério", desabafou o premiê de Malta, Joseph Muscat, depois deste novo naufrágio, a segunda tragédia em uma semana.
O número de corpos resgatados diverge. Enquanto o porta-voz do governo maltês diz que 31 corpos foram recuperados, a Marinha italiana fala em 34. Quatro cadáveres - uma mulher, uma criança de onze anos e dois bebês - foram levados para Malta e uma lancha da polícia italiana transportou 22 corpos para a ilha de Lampedusa. Nove pessoas foram locomovidas de helicóptero para hospitais nas duas ilhas, devido ao seu estado, entre eles, um casal e um bebê de nove meses.
Os sobreviventes quase não falam inglês e alguns conseguiram explicar que são sírios ou palestinos.
O acidente aconteceu na zona central de um trângulo entre Malta, Líbia e Lampedusa, a cerca de 110 km da terra.
Lampedusa
Em Lampedusa, neste sábado, um navio militar ancorou para buscar os 339 caixões das vítimas do naufrágio de 3 de outubro, a pior tragédia da imigração italiana. As ONGs estimam que cerca de 20 mil imigrantes e refugiados perderam a vida nos últimos 20 anos tentando atravessar o Mar Mediterrâneo.
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