Equipes retomam buscas de corpos em Lampedusa
Os mergulhadores italianos retomaram nesta terça-feira pela manhã o resgate dos corpos das vítimas do naufrágio na ilha de Lampedusa, que deixou mais de 300 mortos. Até agora, as equipes conseguiram encontrar 250 cadáveres, de acordo com o porta-voz da guarda costeira italiana, Filippo Marini.
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De acordo com o porta-voz, trata-se de uma operação complicada: os mergulhadores amarram uma corda em torno de uma das partes do cadáver, e depois içam o corpo para dentro do navio. "É um trabalho extremamente cansativo", declarou Marini.
O naufrágio do barco é uma das maiores catástrofes dos últimos anos envolvendo clandestinos. O barco transportava 500 africanos, e apenas 155 puderam ser resgatados.
Paralelamente, os imigrantes que estão no Centro de Recepção de Lampedusa protestaram nesta terça-feira contras as péssimas condições de vida, jogando colchões do lado de fora e bloqueando a circulação de ônibus.
O Alto Comissariado da ONU para refugiados também pediu a reestruturação do local, qualificando as condições atuais de inaceitáveis.
Nesta quarta-feira, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e a comissária europeia para os assuntos internos, Cecilia Malmström, visitarão Lampedusa, acompanhados do premiê italiano Enrico Letta e do vice primeiro-ministro Angelino Alfano.
A comissária declarou que vai organizar uma grande operação de resgate no Mediterrâneo, de Chipre até a Espanha.
As agências de direitos humanos europeias defendem a mudança da legislação imigratória, alegando que ela sanciona principalmente os imigrantes.
Uma missa também será celebrada amanhã na basílica de São Pedro para lembrar a tragédia.
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