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Naufrágio/ Lempedusa

Itália retoma busca de vítimas de naufrágio em Lampedusa

As buscas de centenas de vítimas do barco que naufragou em Lampedusa na última quinta-feira reiniciaram neste domingo de manhã. Ontem, por causa do mau tempo, a operação foi suspensa. Mais 32 corpos foram encontrados, elevando para mais de 130 o total de vítimas fatais confirmadas. As autoridades estimam que entre 300 e 360 pessoas continuem desaparecidas.

Barco da guarda-costeira que participa de operaçãoes de busca de vítimas no naufrágio em Lampedusa.
Barco da guarda-costeira que participa de operaçãoes de busca de vítimas no naufrágio em Lampedusa. REUTERS/Enza Billeci
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A polícia italiana informou que três equipes trabalham alternadamente em turnos de duas horas. A operação conta ainda com a ajuda de um robô submarino. Os destroços do barco estão a 40 metros de profundidade. Por causa disso, os mergulhadores não podem passar mais de 6 a 7 minutos submersos. A embarcação naufragou a 500 metros da costa da ilha de Lampedusa.

Os 155 sobreviventes estão em um abrigo na ilha. A ministra da Integração, Cecile Kyenge, teve um encontro a portas fechadas com o grupo. Ela lamentou o acidente: “Espero que seja a última vez que venhamos aqui a Lampedusa para assistirmos a um drama como esse”, declarou a ministra. Kyenge pedou ainda que sejam criados “corredores humanitários” no Mediterrâneo para evitar novas tragédias.

A França deve colocar a questão da imigração como principal tema do Conselho Europeu que acontece nos dias 24 e 25 de outubro. Já nesta terça-feira, uma reunião dos ministros do Interior da União Europeia em Luxemburgo irá tratar do assunto. “O Mediterrâneo não pode se tornar um imenso cemitério a céu aberto”, declarou o chanceler francês Laurent Fabius.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso visitará a ilha nesta quarta-feira. Desde o acidente com o barco que trazia cerca de 500 imigrantes africanos, o governo italiano tem criticado as autoridades europeias. Para a Itália, os países com grandes fronteiras marítimas que pertencem ao bloco deveriam receber uma ajuda complementar para tratar do constante fluxo migratório. “Nós pedimos que o presidente da Comissão Europeia venha e avalie, ele mesmo [ a situação]" disse o premiê italiano Enrico Letta.

 

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