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Imprensa

Naufrágio de Lampedusa é resultado de descaso europeu

Lágrimas e revolta. Essa é a reação da imprensa francesa à tragédia de Lampedusa neste sábado. Para diversos jornais, as autoridades europeias não são eficientes para tratar do fluxo constante de imigrantes clandestinos que tentam chegar à Europa.

Equipes de resgate em busca de imigrantes do naufrágio de Lampedusa em 3 de outubro de 2013.
Equipes de resgate em busca de imigrantes do naufrágio de Lampedusa em 3 de outubro de 2013. REUTERS/Italian Coast Guard/Handout
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O Libération é taxativo: a Europa está resignada a asssitir a outros dramas semelhantes. O jornal se questiona: Quantas pessoas já morerream nessa travessia? Pelo menos 2000 apenas no ano passado, aponta a Organização Internacional para as Migrações. A falta de políticas de imigração coerentes na União Europeia, dizem alguns especialistas. Para outros, falta  monitoramento periódico nas águas do Mediterrâno. Esses fatores farão com que mais e mais clandestinos morram tragicamente.

Le Figaro também dá grande importância para o naufrágio e dedica uma página inteira ao assunto. Uma foto do papa Francisco ao lado de uma outra foto de corpos das vítimas ilustram a reportagem. O tom do jornal conservador é de indagação. De quem é a culpa? Para o leitor, porém, não há uma resposta clara.

Sim, a União Europeia deveria ser mais solidárria. Atualmente, é cada um por si. Espanha, Itália, Malta, Chipre, Grécia e a Croácia carregam nas costas a responsabilidade de defenderem as fronteiras europeias. Uma missão, obviamente, quase impossível. Nos últimos 20 anos, 25 mil refugiados procuraram, sem sucesso,  a via marítima clandestina para entrar no continente.

A União Europeia tem poucos recursos para patrulhar essas águas movimentadas. A Frontex, a agência responsável pelas fronteiras externas, tem 300 agentes e um punhado de navios para monitorar 50 mil quilômetros. Resumindo, dia o jornal. Muito pouco. E a Europa está ainda muito longe de ter um guarda-costas.

 

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