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Fraude/Alimentação

Europeus estudam medidas contra fraudes após escândalo com carne de cavalo

Nesta quarta-feira à tarde os ministros europeus da Agricultura se reúnem com o comissário da Saúde e do Direito dos Consumidores do bloco para estudar medidas em nível europeu após o escândalo da carne de cavalo vendida como carne bovina. A fiscalização e retirada de produtos congelados suspeitos continuam em vários países.

Símbolo dos açougues que vendem carne de cavalo aqui na França.
Símbolo dos açougues que vendem carne de cavalo aqui na França. REUTERS/Charles Platiau
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O escândalo estourou após a descoberta na semana passada de que lasanhas da marca Findus vendidas na Inglaterra como se fossem feitas com carne bovina na verdade continuam carne de cavalo.

Nesta terça-feira à noite, a agência de segurança sanitária britânica realizou buscas em um matadouro na Inglaterra e uma fábrica no País de Gales, suspeitos de terem fornecido carne de cavalo no lugar de carne bovina para a fabricação de kebabs e hambúrgueres.

Essas buscas são os primeiros resultados de uma auditoria exigida pelo órgão britânico em todos os matadouros que produzem carne de cavalo, após a descoberta em meados de janeiro que hambúrgueres vendidos na Irlanda e na Inglaterra continham carne equina.

Na França, a rede de lojas de produtos congelados Picard revelou nesta terça-feira a presença de carne de cavalo em dois lotes de lasanhas à bolonhesa, confirmando a existência de uma fraude em grande escala envolvendo o fornecedor Spanghero e o fabricante Comigel.

Por precaução, vários produtos foram retirados da venda em diversas redes de supermercados francesas, holandesas, britânicas e suíças.

Os ministros da Agricultura do bloco devem discutir nesta quarta-feira sobre as medidas a serem tomadas em nível europeu. Ontem a Comissão europeia afirmou considerar "prematura" a obrigatoriedade da menção da origem da carne utilizada nos pratosnprontos.

O órgão avalia que o escândalo atual é um problema de "fraude" e garante que o rastreamento "funciona" tanto para a carne fresca quanto para os pratos prontos.

As associações francesas de produtores de carne bovina haviam pedido na segunda-feira que o governo torne obrigatória a indicação do país de origem da carne utilizada em comida congelada.

As lasanhas Findus que provocaram o escândalo na semana passada continham carne de origem romena, segundo as autoridades francesas. A carne teria passado por uma empresa holandesa e outra cipriota antes de chegar ao fornecedor francês Spanghero e ser redirecionada para o fabricante Comigel.

A investigação conduzida nos diferentes países ainda não esclareceu em que lugar a carne equina foi rotulada como sendo bovina e se ela apresentava algum risco à saúde dos consumidores.

A Suécia já anunciou o reforço da fiscalização dos pratos preparados à base de carne, enquanto a França vai aumentar o controle sobre a produção de carne e peixe. 

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