Líderes religiosos e políticos reagem à renúncia do Papa Bento 16
A notícia da renúncia do Papa Bento 16 correu o mundo em poucos minutos. Além da comoção provocada nos fiéis da Igreja Católica, o anúncio do Papa foi seguido por reações dos principais líderes europeus. Aos 85 anos, o líder religioso deixará o cargo no próximo dia 28 de fevereiro, alegando questões de saúde e idade. Bento 16 tornou-se Papa em 19 de abril de 2005, após a morte do popular João Paulo II.
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Na Itália, o chefe do governo, Mário Monti, declarou estar "abalado" após a notícia. Os telejornais italianos modificaram toda a programação para acompanhar a entrevista coletiva concedida pelo cardeal e porta-voz do Vaticano, Frederico Lombardi. Os sites dedicam grande parte das suas páginas à notícia da renúncia, anunciada na manhã desta segunda-feira.
A chanceler alemã Angela Markel declarou seu profundo respeito à decisão do Papa alemão. Em Paris, o presidente francês classificou a renúncia como "eminentemente respeitável" e diz que a França não fará nenhum outro comentário sobre um assunto que diz respeito à Igreja Católica.
A renúncia de Bento XVI também foi comentada pelos mais diversos líderes religiosos do mundo. Em Jerusalém, o grande rabino Yona Metzger afirmou que as relações entre Israel e o Vaticano nunca foram tão boas quanto atualmente. "Acredito que uma grande parte dessa boa relação deve-se aos esforços do Papa em fazer progredir as relações entre o judaísmo, o islamismo e o cristianismo", afirmou o porta-voz do rabino.
O arcebispo de Canteburry e chefe da Igreja Anglicana, Justin Welby, diz que recebeu a decisão com um "coração pesado", mas que ele a compreende perfeitamente. O arcebispo declarou que Bento 16 trabalhou "com grande dignidade, perspicácia e coragem".
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