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Crise/ Euro

UE aprova pacto de 120 bilhões de euros ‎para crescimento do bloco

Os chefes de Estado e de governo dos 27 países da União Europeia aprovaram na noite dessa quinta-feira um pacto para o crescimento do bloco. O pacote de ajuda será de 120 bilhões de euros. Os líderes do grupo continuam reunidos nessa sexta-feira na capital belga na tentativa de encontrar uma solução para a crise, mesmo se divergências ainda marcam as discussões.

François Hollande entre o premiê belga Elio Di Rupo (e) e o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy (d) durante a cúpula em Bruxelas.
François Hollande entre o premiê belga Elio Di Rupo (e) e o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy (d) durante a cúpula em Bruxelas. REUTERS/Francois Lenoir
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Os dirigentes europeus aprovaram um pacto para o crescimento do bloco nessa quinta-feira durante o primeiro dia da reunião de cúpula em Bruxelas. “Nós concordamos em melhorar o financiamento da economia com um valor de 120 bilhões de euros (o equivalente a 340 bilhões de reais) para medidas imediatas de crescimento”, anunciou o presidente da União Europeia Herman Van Rompuy.

Esse era um dos únicos pontos que contavam com consenso dos 27. As questões mais delicadas serão discutidas nessa sexta-feira durante o almoço reunindo apenas os representantes da zona do euro. Os dirigentes europeus tentarão avançar a integração econômica do bloco para salvar a moeda única, mas a estratégia de ajuda aos países em dificuldades ainda divide os participantes.

Ao chegar em Bruxelas nessa quinta-feira o presidente francês François Hollande ressaltou a urgência da situação e a gravidade da reunião. Em alusão direta a Espanha e a Itália, o chefe de Estado disse que é preciso encontrar “soluções rápidas para apoiar os países em dificuldades no mercado, uma vez que eles têm feito esforços consideráveis”.

Mesmo tom do lado do primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo. “Itália, Espanha, Grécia, Chipre e Portugal passam por grandes dificuldades. Se não os ajudarmos, haverá um efeito 'dominó' em toda a Europa. Nós temos que adotar medidas urgentes”, alertou o premiê.

Já o chefe do governo espanhol lembrou que os países precisam antes de tudo resolver o problema de suas dívidas. “Tudo isso é inútil se somos incapazes de nos auto-financiarmos”, disse Mariano Rajoy. A Espanha tem praticado taxas de juros de cerca de 7%, um índice dificilmente suportável para Madri a longo prazo.

Os sinais de alerta lançados pelos líderes tem como principal objetivo convencer a chanceler alemã Angela Merkel a aceitar soluções de curto prazo para reduzir a pressão sobre os mercados. Mas a representante de Berlim já avisou que “não há solução rápida e fácil para a crise”.

A principal divergência entre a líder alemã e boa parte dos demais participantes da reunião de cúpula é sobre as modalidades do Fundo de ajuda da zona do euro, que compraria as dívidas dos Estados. Outra solução defendida pela Itália é dotar o Fundo de uma espécie de licença bancária para poder emprestar por meio do Banco Central Europeu, mas a Alemanha também rejeita essa opção, recusando-se a usar mecanismos de ajuda direta para recapitalizar os bancos enquanto a supervisão permanecer somente a nível nacional.

Grécia promete esforços

Atenas aproveitou a reunião para confirmar sua vontade de implementar as reformas impostas pelos credores para continuar recebendo a ajuda internacional. Em uma carta entregue aos líderes europeus, o novo primeiro-ministro grego Antonis Samaras, que não pode comparecer à cúpula por motivos de saúde, se comprometeu em acelerar as privatizações. No entanto, o premiê pediu que, em troca, o programa de reformas seja revisto. Samaras já havia dito no fim de semana que o país precisaria de pelo menos dois anos para adotar todas as reformas necessárias para colocar seu país nos trilhos.

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