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Bélgica/massacre

Atirador de Liège tinha arsenal com 9500 peças em casa

Nordine Amrani, o autor do massacre em Liège, na Bélgica, se sentia perseguido pela Justiça e tinha medo de voltar para a prisão, segundo seu advogado, Jean-François Dister. Ele foi condenado em 2007 por tráfico de drogas e posse de armas. A polícia chegou a encontrar um arsenal de 9500 munições, armas e silenciadores na casa de Amrani, autor do ataque que resultou na morte de quatro pessoas e deixou 125 feridas.

Velas colocadas na praça Saint-Lambert  em homenagem às vitimas do ataque a Liège, na Bélgica.
Velas colocadas na praça Saint-Lambert em homenagem às vitimas do ataque a Liège, na Bélgica. Foto: Reuters
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Em entrevista à radio francesa RTL , o advogado de Nordine Amrani, Jean François Dister, disse que seu cliente ligou duas vezes na segunda e na terça-feira, para conversar sobre o depoimento que ele deveria prestar à polícia. O advogado notou um certo nervosismo na voz de Amrani, mas não imaginou que ele fosse capaz de explodir as granadas na praça Saint-Lambert, no mercado de Natal, e em seguida cometer suicídio. "Ainda não entendo o que pode ter acontecido", disse o advogado. O autor do massacre havia sido convocado pela polícia depois da placa do seu carro ser identificada em um roubo.

Nordine Amrani foi condenado a cinco anos e meio de prisão por tráfico de drogas e posse de armas, e liberado sob fiança em outubro de 2010. Ele foi levado a julgamento depois da descoberta, em 2007, de um arsenal que ele mantinha em casa com 9500 peças, incluindo fuzis, munições e silenciadores. Os policiais também encontraram 2800 pés de maconha no local.

O atirador, segundo as autoridades belgas, era soldador e voltou a trabalhar assim que deixou a prisão. Ele tinha uma namorada, que disse que Nordine se sentia perseguido pela polícia. De acordo com seu ex-advogado, Abdlehadi Amrani, que não faz parte de sua família apesar de ter o mesmo sorenome, "o atirador tinha a impressão de que, apesar de ter pago pelos seus atos, nunca teria paz." Seus ex-colegas de trabalho também fizeram declarações parecidas à imprensa.

Segundo o procurador-geral de Liège, Cédric Visart de Bocarmé, o atirador belga nasceu em Bruxelas, ficou órfão muito cedo, e logo entrou para o mundo do crime. "Trata-se de um delinquente que passou por diversas dificuldades ao longo da vida. Como essa pessoa pode se vingar na população local, inocente ? É o que vamos tentar compreender", disse à rádio pública RTBF. Nesta quarta-feira, os moradores de Liège fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do ataque.

 

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