Polícia descobre corpo na casa de autor do massacre na Bélgica
A polícia da Bélgica descobriu o corpo de uma mulher de 45 anos na casa do autor do massacre de Liège, que deixou três mortos e 122 feridos, segundo novas informações divulgadas pelas autoridades belgas. A vítima foi identificada como a faxineira de uma vizinha do atirador. Segundo a polícia, ela foi agredida antes de ser assassinada.
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Os policiais encontraram o corpo em um porão usado por Nordine Amrani para plantar maconha. Depois, o jovem foi ao centro de Liège onde matou 3 pessoas e deixou outras 122 feridas e não 125, como foi informado anteriormente. Os dados foram retificados pela procuradora de Liège, Danièle Reynders, em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira. Cinco vítimas ainda estão em estado grave na UTI, segundo o ministro do Interior, Joëlle Milquet.
Segundo a polícia, a mulher foi executada com uma bala na cabeça na manhã desta segunda-feira. Ela foi aliciada por Amrani, que disse que a contrataria para trabalhar em casa. No porão usado pelo autor do massacre, os policiais também encontraram armas e munições. Os investigadores não sabem explicar o que levou Nordine Amrani, 33 anos, a executar seu plano. Apesar de ter antecedentes criminais –ele foi condenado diversas vezes por porte de maconha e detenção de armas - deixou a prisão há um ano e era considerado psicologicamente estável. A pista de atentado terrorista, por enquanto, está excluída.
Antes do ataque, nesta terça-feira, Amrani deveria ser ouvido pela polícia como testemunha em um outro caso. Mas em vez de comparecer à delegacia, ele foi ao mercado de Natal da cidade, na praça Saint-Lambert, lançou três granadas contra uma multidão e se suicidou em seguida. Uma quarta granada explodiu ao seu lado e oito carregadores cheios de munição foram encontrados, segundo as autoridades. Os moradores de Liège farão um minuto de silêncio na tarde de hoje em homenagem às vítimas do massacre. O país ainda está em estado de choque. O Rei belga, Alberto Segundo, sua esposa Paola e o primeiro-ministro Elio Di Rupo foram ao local prestar solidariedade às vítimas.
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