Extremista norueguês usou etorpecentes, diz polícia

O extremista norueguês Anders Behring Breivik, autor dos massacres que mataram 77 pessoas em 22 de julho, estava sob o efeito de entorpecentes no momento em que cometeu a tragédia, disse hoje a polícia de Oslo. “Posso confirmar que ele recorreu a entorpecentes ilegais. Não quero comentar que tipo de produto, mas ele os consumiu”, disse o procurador da polícia, Paal-Fredrik Hjort Kraby, ao comentar os resultados dos exames sanguíneos realizados no matador confesso.

Anders Breivik enquanto era levado para a prisão, em 28 de julho. REUTERS

Em seu manifesto publicado na internet pouco antes de explodir um carro-bomba em frente à sede do governo norueguês e de abrir fogo contra centenas de jovens, Breivik relatou que consumia anabolizantes. O advogado do extremista de direita, Geir Lippestad também havia indicado que seu cliente utilizou produtos ilegais para se sentir “forte, eficaz e acordado” no momento dos ataques.

“Anabobolizantes, sim, mas ele utilizou também outros medicamentos sobre os quais não quero dar detalhes”, precisou Kraby. O procurador informou que os psiquiatras forenses chamados para avaliar a saúde mental de Breivik já começaram a trabalhar no caso. Os dois especialistas receberam um relatório sobre o assunto e as gravações dos três interrogatórios a que o extremista foi submetido, após sua prisão.

As análises serão essenciais para a Justiça determinar se ele poderá ser penalmente responsável pelos seus atos. Conforme a polícia, os psiquiatras deverão conversar com Breivik ainda nesta semana. O relatório deles deve ser concluído até o dia 1º de novembro.