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Noruega/ ataques

Extremista norueguês quer ser analisado por psiquiatra do Japão

O terrorista Anders Behring Breivik, que confessou estar por trás dos ataques provocaram a morte de 77 pessoas na Noruega, pediu para ser analisado por um psiquiátra japonês, ao invés de um europeu. Os exames vão avaliar se ele tem problemas mentais.

Primeiro-ministro da Noruega manifesta solidariedade com família de jovem muçulmana morta.
Primeiro-ministro da Noruega manifesta solidariedade com família de jovem muçulmana morta. Reuters
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Conforme Breivik, um profissional japonês tem mais facilidade em compreender as razões relacionadas “à honra” que justificariam a realização do massacre, de acordo o relato do advogado do extremista, Geir Lippestad. Em seu manifesto de 1,5 mil páginas, publicado na internet pouco antes de cometer os crimes, o terrorista se mostrou fascinado pelo Japão e a Coreia. Dois psiquiatras noruegueses, Synne Soerheim e Torgeir Husby, já foram designados pelo Tribunal de Oslo para avaliar a saúde mental de Breivik.

De acordo com especialistas psiquiatria forense, ouvidos pela imprensa na Noruega, a hipótese mais provável é que ele seja considerado penalmente responsável, o que abrirá a via para a abertura de um processo penal e à possibilidade de ele ser condenado à prisão. Neste caso, a pena pode ser de 21 anos, se for considerado culpado de terrorismo, ou então de 30 anos, no caso de a Justiça julgar que ele é autor de crimes contra a humanidade.

Breivik admite ser o autor do massacre de oito pessoas na sede do governo norueguês, em um atentado a bomba, e de 69 outras vítimas em um tiroteio na ilha de Utoya, durante um encontro da juventude trabalhista. Mas o norueguês não considera que tenha cometido crimes, de acordo com a polícia.

Conforme seu advogado, o assassino confesso não demonstra sinais de religiosidade na prisão, onde está detido em uma cela isolada. Ele não tem um exemplar da Bíblia, por exemplo, apesar de se declarar cristão. Desde que foi preso, ele só teve contato com seu adovago, além dos funcionários da cadeia.

Premiê vai a enterro de muçulmana

Nesta manhã, o primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, e sua esposa, Ingrid, participaram do enterro de uma jovem muçulmana morta nos ataques em Utoya. Ela tinha 18 anos e possuía as nacionalidades norueguesa e somaliana. O sepultamento ocorreu em um cemitério islâmico de Oslo.

Stoltenberg fez um discurso, afirmando que os familiares amigos da jovem “não são os únicos” a sofrer com a dor pela perda dela. “Vocês são uma pequena família, mas uma parte da grande família norueguesa”, disse.

 

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