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Noruega/ ataques

Autor de massacre na Noruega comparece à primeira audiência

O homem apontado como o responsável pela morte de menos 93 pessoas no massacre compareceu hoje primeira vez diante de um juiz. Anders Behring Breivik chegou e partiu do tribunal em meio a um comboio policial, ao abrigo da imprensa. A Justiça negou o pedido de Breivik para que a audiência fosse pública.

Jornalistas aguardam final da audiência judicial em Oslo.
Jornalistas aguardam final da audiência judicial em Oslo. Reuters
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O advogado do suspeito disse que seu cliente queria comparecer ao tribunal vestindo um uniforme. O defensor não explicou que tipo de uniforme seria usado pelo autor do massacre na ilha de Utoya e do atentado a bomba em Oslo, nem informou se o pedido foi autorizado.

A Justiça vai se pronunciar sobre a solicitação, feita pela polícia de Oslo, de que a prisão preventiva para Breivik tenha duração excepcional de oito semanas, o dobro do normal no país. Mesmo se o ex-militante de extrema-direita assumiu a autoria dos crimes, o sistema judiciário da Noruega obriga que ele seja considerado e tratado como suspeito até o final da investigação policial.

Se for condenado, ele poderá pegar até 21 anos de prisão, a pena máxima na Noruega, que podem não ser uma punição suficientes aos olhos de parte da população. Na internet, dezenas de noruegueses pedem que seja aplicada a pena de morte ao suspeito, que admitiu que planejava os ataques há pelo menos dois anos. Tratado como "fundamentalista cristão pela polícia", Breivik publicou um manifesto de mil e 500 páginas criticando o islamismo e defendendo o terrorismo como forma de acordar as massas.

Minuto de silêncio

Hoje, ao meio-dia, a Noruega parou para um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. Dos aeroportos às bolsas de valores, passando pelo governo, os noruegueses quiseram prestar solidariedade às famílias das vítimas. O minuto de silêncio foi declarado pelo primeiro-ministro do país, Jens Stoltenberg.

Na França, quem está sofrendo as consequências dos atos de Breivik é o pai dele, um ex-diplomata que mora em Cournanel, uma pequena cidade no interior francês. Desde que o nome e a foto de seu filho foram divulgadas, o aposentado não saiu mais de sua residência. A casa está sob proteção policial desde ontem, depois que ele deu uma entrevista a um jornal norueguês. Ele se disse chocado com a tragédia. Pai e filho não se viam desde 1995, quando Breivik tinha 15 anos.
 

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