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Copa: Holanda enfrenta Argentina com sede de vingança pela derrota na semifinal de 2014

Clássico da Copa do Mundo no cardápio: a Argentina de Lionel Messi enfrenta a Holanda, nesta sexta-feira às 22h locais (16h de Brasília), pelas quartas de final do Mundial do Catar-2022, em duelo em que a seleção europeia tentará "vingar" a eliminação sofrida diante da Albiceleste nas semifinais da Copa de 2014.

O técnico da Holanda, Louis van Gaal, durante coletiva de imprensa em Brasília (11/07/14).
O técnico da Holanda, Louis van Gaal, durante coletiva de imprensa em Brasília (11/07/14). AFP
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Daquele duelo de oito anos atrás vencido pelos sul-americanos nos pênaltis (após um empate em 0 a 0 nos 120 minutos), apenas Lionel Messi e Ángel Di María seguem na seleção argentina, mas na Holanda há mais 'sobreviventes' (Daley Blind, Stefan De Vrij, Memphis Depay), além do treinador Louis Van Gaal.

"Messi é um desses tipos de jogadores que podem decidir uma partida em uma ação individual. Naquela semifinal de 2014, ele não tocou em uma bola e perdemos nos pênaltis. Agora queremos nossa revanche", disse o técnico veterano .

O confronto em São Paulo foi o quinto disputado entre Argentina e Holanda em Copas do Mundo, com saldo por enquanto empatado: duas vitórias para cada lado e um empate.

Um dos triunfos argentinos em especial traz ótimas lembranças para os sul-americanos. Foi o que levou a Albiceleste a conquistar seu primeiro título mundial, em 1978, com dois gols de Mario Kempes, em um jogo que terminou em 3 a 1 na prorrogação no estádio Monumental, em Buenos Aires.

Van Gaal, de 71 anos, o treinador mais velho deste Mundial, terá pela frente o técnico mais jovem, Lionel Scaloni (de 44 anos) que devolveu as esperanças à seleção e a sua torcida, e que está confiante em poder superar a Laranja Mecânica.

"É uma equipe que tem as coisas muito claras. Talvez não brilhe como outras seleções holandesas anteriores, mas tem coisas muito claras. Vai ser um bom jogo, com duas seleções tradicionais. Uma vai ficar de fora, esperamos que nós nos classifiquemos", disse o treinador argentino.

A principal dúvida na preparação para o jogo de Scaloni voltou a ser no ataque e mais especificamente na participação de Ángel Di María, ausente nas oitavas de final devido a um problema no quadríceps e que poderá voltar ao time titular para acompanhar Messi e provavelmente Julián Álvarez.

Messi em busca de recordes 

Messi, com três gols neste Mundial, quebrou a sua "maldição" de nunca ter marcado nas fases de mata-mata de Copas ao balançar a rede contra a Austrália, nas oitavas de final, e agora, liberto, espera continuar marcando gols, no momento em que se aproxima de novos recordes.

Ele acumula nove gols em Copas do Mundo e com mais um alcançará o maior artilheiro argentino no torneio, Gabriel Batistuta (10). Ele também chegará à sua 24ª partida em Copas do Mundo, o que lhe permitirá empatar em segundo lugar com o alemão Miroslav Klose e ficar na cola do recordista, o também alemão Lothar Matthaus (25). Apesar da importância que Messi tem na Argentina, os holandeses insistem que estão cientes do perigo que toda a "Scaloneta" representa coletivamente, não apenas um jogador.

"Não nos preparamos especificamente para ele, mas para vencer a Argentina, sabendo do papel que ele desempenhou em seus sucessos por anos", disse o capitão e zagueiro holandês Virgil Van Dijk na quarta-feira, referindo-se à estrela do Paris Saint-Germain.

A Argentina começou muito mal esta Copa do Mundo, com uma derrota por 2 a 1 de virada para a Arábia Saudita, mas depois corrigiu bem o rumo, emendando vitórias sobre México e Polônia (ambas por 2 a 0), vencendo assim o Grupo C, e depois sobre a Austrália nas oitavas de final por 2 a 1.

A Holanda tem feito um torneio com menos sustos, embora tenha tropeçado no único duelo até agora com uma seleção sul-americana, ao empatar em 1 a 1 com o Equador no Grupo A, em que terminou em primeiro lugar com triunfos sobre Senegal e o anfitrião Catar por 2 a 0.

Na sequência, os holandeses derrotaram os Estados Unidos com certa tranquilidade, por 3 a 1.

Quem ganhar este duelo enfrentará nas semifinais o vencedor do jogo Brasil-Croácia. Caso as seleções de Neymar e de Messi vençam seus respectivos confrontos das quartas de final na sexta-feira, será a vez do tão esperado "superclássico" sul-americano entrar no cardápio dos amantes do futebol.

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