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Futebol

Fifa aprova ampliação da Copa do Mundo para 48 equipes em 2026

A Fifa adotou nesta terça-feira (10) por unanimidade a participação de 48 seleções a partir da Copa do Mundo de 2026, com um formato de 16 grupos de três equipes. A informação foi divulgada pela federação no Twitter.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino (à esquerda), defendeu o projeto para aumentar a rentabilidade dos mundiais. .
O presidente da Fifa, Gianni Infantino (à esquerda), defendeu o projeto para aumentar a rentabilidade dos mundiais. . REUTERS/Arnd Wiegmann
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O Conselho da Fifa adotou a proposta defendida pelo presidente Gianni Infantino, para quem esta mudança incrementará o interesse pela competição e a rentabilidade financeira do torneio. A agência AFP teve acesso exclusivo a um informe confidencial da Fifa, que afirma que o aumento no número de equipes significaria um acréscimo de US$ 640 milhões aos cofres da entidade.

Não há detalhes ainda sobre a questão crucial da distribuição das vagas adicionais entre cada confederação. De acordo com uma fonte próxima da Fifa, a Europa passaria a ter 16 seleções classificadas no torneio, contra 13 atualmente, e África, nove, contra as cinco atuais. O mundial de futebol, lançado em 1930 com 13 equipes, aumentou para 24 em 1982 e para 32 em 1998. A tendência acompanha o modelo da Eurocopa, que aumentou de 16 para 24 equipes na última edição, na França.

No final de dezembro, Infantino disse que não se comportaria como "um ditador" nos debates sobre sua proposta. Em uma visita a Dubai, ele lembrou que as federações nacionais discutiram o assunto em várias reuniões e se mostravam amplamente favoráveis. Mas a poderosa Associação de Clubes Europeus (ECA) não escondeu sua oposição, devido a um provável inchaço do calendário.

Para Infantino, com o formato da Copa do Mundo com 48 seleções, haverá "mais integração" no "maior evento esportivo e social" do mundo.

Maradona aprova a ideia

A lenda do futebol argentino, Diego Maradona, defendeu a proposta do presidente da Fifa como "uma ideia fantástica". Ontem, depois de um jogo disputado na sede da federação internacional, ele disse que a mudança "vai dar mais possibilidades para países que nunca alcançaram o nível para esta competição". Ele respondeu às suposições de que um torneio com 48 times diminuiria o nível dos jogos. "Pelo contrário, a qualidade não cairá. Seria um torneiro com mais futebol", disse o ex-jogador argentino.

Outras vozes

Para o ex-jogador da seleção francesa, David Trezeguet, campeão do mundo em 1998, o Mundial com 48 times "é uma linda ideia". "Existem muitas soluções para encontrar. Mas é verdade que isso pode dar mais possibilidades para alguns países e sobretudo para os jogadores que nunca puderam jogar essa competição tão bonita", afirmou o ex-atacante.

Muitos ex-jogadores, como o francês Marcel Dasailly, o argentino Gabriel Batistuta e o suíço Stéphane Chapuisat, reforçaram o coro contrário a mudança, nesta segunda-feira em Zurique, temendo principalmente uma queda na qualidade e um calendário muito pesado para os jogadores europeus.

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