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Portugal/Crise

Após a Irlanda, Portugal começa a sair da crise

O governo português apresentou nesta quarta-feira (15) seu orçamento para 2015, o primeiro desde que o país saiu da tutela da troika (grupo formado por União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional). Portugal aposta em resultados positivos para o ano que vem e, assim como a Irlanda, abrandou as medidas de austeridade em vigor há três anos.

Ministra portuguesa da Economia, Maria Luis Albuquerque, apresentou orçamento para 2015.
Ministra portuguesa da Economia, Maria Luis Albuquerque, apresentou orçamento para 2015. REUTERS/Rafael Marchante
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Lisboa prevê uma crescimento de 1% este ano e 1,5% em 2015, os primeiros resultados positivos desde 2011. O governo português também aposta em um índice de desemprego de 13,4%, inferior às previsões anteriores, de 14,8%.

No entanto, o déficit público para o próximo ano foi revisto para cima e deve ficar na casa dos 2,7%, mesmo se o país havia prometido a seus credores alcançar os 2,5%, depois dos 4% atingidos este ano. “Insistir em 2,5% seria um fanatismo orçamentário”, declarou o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho.

Portugal escapou da falência em 2011 graças a um plano de ajuda internacional de 78 bilhões de dólares. Em troca, o país prometeu cortar seus gastos públicos.

Sem aumento nos impostos

Lisboa não pretende aumentar os impostos em 2015, mas deve manter o controle dos gastos. “Esse orçamento terá mais autonomia, o que também representa mais responsabilidade”, declarou a ministra portuguesa da Economia, Maria Luis Albuquerque. Segundo ela, “um aumento do poder aquisitivo poderá ser sentido pelas famílias, pelos funcionários públicos, pelos aposentados e pela população de baixa renda, principalmente graças a um aumento do salário mínimo”.

Cortes nos encargos das empresas também estão previstos, e os índices de recolhimento devem passar de 23% para 21%. No entanto, o governo ainda hesita em reduzir os impostos dos demais contribuintes. Uma parte do imposto de renda será restituído apenas em 2016, sob condição dos resultados obtidos até lá.

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