Dilma tem margem reduzida para investimentos em serviços públicos
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Uma das principais reivindicações da onda de protestos que agita o Brasil nas últimas duas semanas é serviços públicos de melhores, a começar pelos transportes, a educação e a saúde. Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff fez um pronunciamento sobre o tema e prometeu melhorias, mas em um momento em que a economia brasileira passa por uma fase delicada, e sem reservas nos caixas públicos, a margem de ação da petista se encontra bastante reduzida.
A situação apertada ficou clara no discurso. Dilma prometeu um Plano Nacional de Mobilidade Urbana, com ajuda dos prefeitos e governadores, disse que vai lutar pelo repasse de 100% dos royalties do petróleo para a educação e quer trazer médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS.
Fernando Botelho, economista da USP especialista em política públicas, confirma que a presidente tem quase nenhuma capacidade de investir nos serviços básicos neste momento. O professor de Finanças João Frois Caldeira, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, lembra que a margem é prejudicada pelo baixo índice de poupança no Brasil.
A situação desfavorável na balança comercial brasileira nos últimos meses também acaba influenciando. E os desdobramentos da economia, com baixo crescimento, alta dos juros e da inflação e gastos elevados do governo, tem derrubado a confiança dos investidores estrangeiros, outro refúgio do Brasil, como lembra Caldeira.
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