Propostas de Hollande e Sarkozy para economia são semelhantes
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Ouvir - 04:25
A crise econômica dá poucos sinais de melhora e os economistas continuam apontando a França provável alvo de uma recessão ainda mais forte, semelhante a que atacou a Grécia ou a Espanha. O desemprego atinge 9,9% da população, o índice mais alto dos últimos 12 anos, e a dívida pública passou de 64% para 85,5% do Produto Interno Bruto francês. Porém, diante de um quadro de dificuldades como este, e a apenas cinco dias do primeiro turno das eleições presidenciais, as propostas dos dois favoritos para assumir o comando da França - o socialista François Hollande ou o atual presidente conservador, Nicolas Sarkozy - permanecem vagas.
Apesar de pertencer a linhas políticas bem diferentes, os candidatos têm vários pontos em comum: pretendem aplicar uma taxa sobre as operações financeiras, diminuir os custos do trabalho e aumentar os incentivos para as pequenas e médias empresas, como destaca o economista Eric Heyer, diretor-adjunto do Observatório Francês de Conjuntura Econômica.
"Os dois principais candidatos têm a mesma estratégia econômica, ou seja, um retorno ao equilíbrio das finanças públicas entre 2015 e 2017", constata o analista. "Cada um tem a sua estratégia para chegar a isso: o socialista deseja esforços através da redução dos gastos e aumento de impostos. O outro, Sarkozy, quer um esforço ainda mais forte na redução dos gastos e menos aumento de impostos."
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