A crise espanhola repercute nos mercados internacionais
A economia espanhola está na mira dos mercados internacionais. O país bateu dois novos recordes este ano: nesta quarta-feira a dívida espanhola disparou chegando quase aos 400 pontos e a bolsa espanhola perdeu 2%, valores negativos que nao se conheciam desde setembro do ano passado.
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Fina Iñiguez de Barcelona para a Radio França Internacional
Um dia depois do primeiro ministro Mariano Rajoy apresentar duros ajustes e cortes no Orçamento do Estado – obedecendo às ordens de Bruxelas e dos mercados- o Tesouro Público da Espanha teve que pagar 25% de juros a mais aos investidores para poder leiloar sua dívida.
O medo dos investidores depois do resultado negativo do leilão contagiou não só o mercado da zona euro: chegou até Wall Street, que fechou com queda de 1%, e inclusive na Bovespa, onde as açõe para commodities também caíram.
O que disparou os alarmes das principais bolsas européias foi a ameaça de que a Espanha possa ser o próximo país a precisar de um resgate, de acordo com a agência Standard & Poor’s.
O economista-chefe da agência para a Europa, Jean Michel Six, afirmou que a atual recessão deve se manter na zona do euro até o final do terceiro trimestre deste ano e haverá uma leve recuperação só no último trimestre de 2013, em particular da Alemanha e França, as únicas economias fortes que devem evitar a retração econômica. Ainda de acordo com a Standard & Poor’s, a Espanha deve ser o único grande país da Uniao Européia a continuar com uma recessão em 2013 de no mínimo 0,5% do PIB.
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