Desemprego na zona do euro atinge maior índice em 15 anos

A taxa de desemprego da zona do euro atingiu seu maior nível em quase 15 anos em fevereiro, com mais de 17 milhões de pessoas sem ocupação. Os dados demonstram que os esforços dos governos para superar a crise nos países do bloco não estão sendo suficientes para conter os efeitos no mercado de trabalho, embora o mercado financeiro dê sinais de estabilização.

Homem procura vaga em agência de empregos em Paris. Reuters/Jean-Paul Pelissier

O desemprego na região formada por 17 países europeus subiu para 10,8% em fevereiro, 0,1 % a mais do que em janeiro (162 mil pessoas a mais), conforme o escritório de estatísticas da União Europeia, o Eurostat. A última vez que o desemprego atingiu o nível visto em fevereiro foi em maio e junho de 1997. Em toda a União Europeia, o desemprego em fevereiro foi de 10,2%, ou cerca de 24 milhões e meio de pessoas.

A crise de dívidas da Europa forçou os governos a reduzir drasticamente os gastos, enquanto a confiança empresarial recuou com força no final do ano passado, o que explica os números ruins. Este foi o décimo mês consecutivo em que a zona do euro teve um índice de desocupação superior a 10% de sua população ativa.

O nível de desemprego na Espanha ainda é o pior entre os países do bloco (23,6%), seguido pela Grécia (21%), embora os dados gregos remontem a dezembro. Logo atrás vem Portugal (15%) e Irlanda (14,7%).

Na Itália, o desemprego afetava 9,3% da população ativa em fevereiro, um novo recorde. Por outro lado, a Alemanha permanece como o bom exemplo no bloco, com 5,7% de pessoas sem trabalho, enquanto a Áustria registrou o menor índice no bloco, de 4,2%.