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Cinema brasileiro é homenageado na Cidade do México

A Cinemateca Nacional do México promove, entre os dias 5 e 17 de julho, a VI Semana do Cinema Brasileiro. O evento, que vai exibir clássicos, como “Deus e o Diabo na terra do Sol”, de Glauber Rocha, e produções mais recentes, como “A memória que me contam”, de Lúcia Murat, é realizado em parceria com a embaixada do Brasil e promove o intercâmbio cultural entre os dois países.

Central do Brasil é um dos filmes em cartaz na mostra.
Central do Brasil é um dos filmes em cartaz na mostra. Divulgação
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Limite, de Mario Peixoto, é do ano 1931. Cinema mudo, em preto e branco, que retrata, através de uma narrativa não linear, a história de duas mulheres e um homem, naufragados em um barco. A maioria dos mexicanos provavelmente nunca ouviu falar desse filme, mas ele é considerado uma das obras-primas do cinema brasileiro e está entre os quinze longas-metragens escolhidos para a mostra, que fará uma retrospectiva histórica da produção cinematográfica do Brasil.

“O Brasil está entre as três maiores cinematografias sul-americanas, junto com o México e com a Argentina. Este ano, decidimos trazer um panorama histórico que vai englobar quase 90 anos do cinema brasileiro, no contexto do bicentenário da Independência do Brasil”, diz Nelson Carro Rodríguez, diretor de Difusão e Programação da Cinemateca Nacional do México.

A mostra exibirá Central do Brasil, de Walter Sales, que representou o país no Oscar, em 1999, e Joaquim, produção de 2017 dirigida por Marcelo Gomes, que conta a história de Tiradentes. Dona Flor e Seus Dois Maridos, de 1976, dirigido por Bruno Barreto e estrelado por Sonia Braga e José Wilker, foi o escolhido para a abertura do festival, que inclui filmes inéditos para o público mexicano.

Nelson Carro Rodríguez, diretor de Difusão e Programação da Cinemateca Nacional do México.
Nelson Carro Rodríguez, diretor de Difusão e Programação da Cinemateca Nacional do México. © Larissa Werneck/ RFI

“De toda a programação, Dona Flor é um filme com um tom mais leve e amável. Além disso, foi um dos maiores sucessos de bilheteria do cinema nacional no Brasil e revelou nomes importantes do cinema e da cultura brasileira, como Sonia Braga, Jorge Amado e Chico Buarque”, explica Nelson.

Quebra de estereótipos

Desde a primeira edição, em 2016, a Semana do Cinema Brasileiro na Cinemateca Nacional conta com o apoio da embaixada do Brasil no México. Segundo Gustavo Raposo, chefe do Setor Cultural e Educacional da representação diplomática, a programação da sexta edição do festival permite o estreitamento das conexões entre os dois países.

“As relações entre México e Brasil são políticas e econômicas, mas, são, também, humanas. Infelizmente, ainda nos conhecemos muito pelos estereótipos, e tudo o que pudermos fazer para que os mexicanos conheçam mais sobre os brasileiros colabora muito. O cinema é muito importante nesse contexto”, afirma Raposo.

A mostra faz parte de uma ampla agenda de eventos culturais programados para este ano, em comemoração aos duzentos anos da independência do Brasil e o centenário da Semana de Arte Moderna. "Vamos realizar concertos, exposições fotográficas e trazer artistas urbanos brasileiros para produzirem trabalhos na Cidade do México, em homenagem ao Movimento Muralista Mexicano, que também completa cem anos. Seremos o país homenageado na Design Week do México e, como em anos anteriores, teremos a participação de autores brasileiros na Feira do Livro de Guadalajara, que é a mais importante da América Latina”, salienta Raposo.

A programação completa da Semana do Cinema Brasileiro no México é encontrada no site daCinemateca Nacional.

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