A primeira escala da nossa viagem cultural é a 14a Bienal de Veneza. "Fundamentais" é o nome desta edição de 2014, que enfoca a arquitetura através de um paralelo das contradições de um século de evolução arquitetônica marcada pela globalização crescente.

O curador da mostra é nada mais nada menos do que o famoso arquiteto holandês Rem Koolhaas, que declarou que quis se "concentrar na arquitetura do presente, investigar a história e imaginar o futuro".

Nos 3.000 m2 da área onde a Bienal é montada, assim como nos seus jardins, a Bienal deste ano propõe três eventos: o primeiro é "Absorvendo Modernidade de 1914 a 2014", com 65 pavilhões nacionais. O Brasil está presente e, segundo André Corrêa do Lago, embaixador do país no Japão  e encarregado da representação em Veneza, "o Brasil vai tentar mostrar a arquitetura moderna como busca de sua identidade". Da Casa das Canoas (no Rio de Janeiro) de Oscar Niemeyer às construções do projeto "Minha Casa, Minha Vida", o Pavilhão verde-amarelo mostra 180 plantas, projetos e fotografias, traçando cem anos de produção arquitetônica nacional.

"Elementos de Arquitetura", exposição organizada por Rem Koolhaas, é o segundo evento da Bienal e o terceiro é a "Monditalia", um ateliê de trabalho sobre a Itália com duração de seis meses, no qual serão apresentados conferências e shows.

Aberta de 7 de junho a 23 de novembro, a Bienal de Veneza vai durar seis meses ao invés dos tradicionais três meses. Outra novidade é que pela primeira vez expressões artísticas como dança, cinema, teatro e música.

Ciclos e espaços

A Beyeler Fondation, um museu planejado pelo arquiteto Enzo Piano na cidade suíça da Basileia, apresenta a exposição de um dos maiores artistas contemporâneos, o alemão Gerhard Richter.

Com um trabalho marcado pela diversidade estilística e tematica, ele começou nos anos 60 a pintar telas muito próximas do realismo fotográfico e sua marca maior é a exploração da relação entre pintura e espaço. Richter sempre demonstrou um profundo interesse no contexto arquitetônico e concretizou sua visão na série “Atlas”, com croquis e projetos. Ele coloca seus desenhos em salas de exposição utópicas e reais, mergulhando no elo entre quadro e arquitetura.

A curadora da exposição, Michiko Kono, explica que depois da retrospectiva apresentada em Londres, Paris e Berlim, era importante para o artista realizar uma exposição em torno de um tema preciso, o que não é possivel no caso de uma retrospectiva. "Então, o conceito da mostra na Fundação Beyeler é mostrar um aspecto muito importante do seu trabalho desde os anos 60 , que são as obras criadas em ciclos, séries e espaços interiores e, em contraponto, também mostrar obras individuais", diz a curadora.

A mostra Gerhard Richter pode ser vista na Fundação Beyeler até o dia 7 de setembro.

Os sons da primavera

Na cidade portuguesa do Porto está acontece de 5 a 7 de junho o NOS Primavera Sound 2014, no Parque da Cidade, um lugar lindo, com muito verde, perto do mar, que reflete o espírito do evento: música e natureza em harmonia total.

Os shows acontecem em quatro palcos diferentes, onde nomes famosos e emergentes da música alternativa internacional mostram seus sons de vários estilos.

São mais de 40 artistas que durante três dias vão cantar para milhares de pessoas vindas de toda a Europa.

O Brasil está presente com Caetano Veloso e Rodrigo Amarantes.A música americana passa por Dum Dum Girls, Sky Ferreira, Pixies, Cloud Nothings.

A cena portuguesa independente também é forte com Torto, You can’t Win, Charlie Brown, HHY & The Macumbas.... Músicos vindos do Canadá, Reino Unido, Espanha e Austrália completam o melting pot .

                                                             Momento musical da semana

Ouçam abaixo o cantor e compositor folk Asgeir Trausti, da Islândia: