A cantora lírica francesa Natalie Dessay, que está abandonando aos poucos a carreira operística para se aventurar em outras áreas, lançou esta semana o disco Rio – Paris. Realizado com a violonista israelense Liat Cohen e duas "atrizes-cantoras" (a francesa Agnès Jaoui e a belga de origem portuguesa Helena Noguerra), o álbum revisita os clássicos da música brasileira com um passeio entre as Bachianas, de Heitor Villa-Lobos, Águas de Março, de Tom Jobim, ou ainda Chega de Saudade, de Vinícius de Moraes.

O cantor e compositor francês Sébastien Tellier também decidiu entrar no ritmo do Brasil pouco antes do início da Copa do Mundo. Com o disco L’Aventura, que é lançado nesta segunda-feira (26), ele inventou uma infância brasileira ritmada pelos arranjos de Arthur Verocai. O músico, que lançou três discos em três anos e sempre contou com as graças da crítica, diz que o projeto nasceu quando chegou no Rio de Janeiro e foi recebido pelo funk da década de 1970 que tocava no rádio do taxi que o levava do aeroporto para o hotel.

A agenda cultural europeia desta semana também é marcada por uma exposição sobre obras de arte roubadas e em seguida recuperadas pela polícia. A mostra foi construída em torno da estátua de Calígula, que foi descoberta em 2011 pelas autoridades quando estava prestes à ser enviada clandestinamente para a Suíça. A peça, que teve a cabeça cortada, é uma das principais imagens de um dos líderes mais polêmicos do império romano.

A mostra, intitulada Sulle tracce di Caligola (Na trilha de Calígula), também traz várias relíquias arqueológicas relacionados ao imperador e outras peças que haviam sido roubadas nos últimos anos. A exposição fica em cartaz até 23 de junho no Complexo Vittoriano.

Outra atração da semana é o videasta Bill Viola, que tem uma de suas instalações exposta na Catedral Saint Paul, em Londres. A obra, intitulada Martyrs, representa os quatro elementos (terra, fogo, água e ar), e já se tornou uma atração na igreja. A instalação é permanente e a entrada é gratuita.