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Começamos o nosso percurso cultural de hoje pelo sul da França para descobrir como a imagem do rosto foi explorada pelos artistas modernos; em seguida,  vamos para a Holanda visitar um circo" mágico" que vem encantando milhões de espectadores no mundo todo, antes de pegar um avião para Budapeste para ouvir um belo concerto de música clássica...

O óleo sobre tela "Femme au Miroir", de Pablo Picasso (1959), mostra a relação da mulher com seu rosto imaginário refletido no espelho.
O óleo sobre tela "Femme au Miroir", de Pablo Picasso (1959), mostra a relação da mulher com seu rosto imaginário refletido no espelho. Luc Chessex-Succession Picasso
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A representação da figura humana e do rosto evoluiu muito desde a Renascença e no começo do século 20 se libertou dos códigos picturais, privilegiando a expressão interior, subjetiva, ao invés da realidade. Foi a partir dessa ideia que o Centre de la Vieille Charité de Marselha propõe uma mostra inédita aqui na Europa, chamada "Visages" ("Rostos", em francês).

Andy Warhol reinterpretou  a obra de Boticelli "O Nascimento de Vênus" (1482), através da Pop Art.
Andy Warhol reinterpretou a obra de Boticelli "O Nascimento de Vênus" (1482), através da Pop Art. Andy Warhol Museum

Pablo Picasso, Andy Warhol e Alberto Giacometti estão entre os 80 artistas expostos. São 150 óleos, esculturas, gravuras, fotografias e filmes que têm como tema transversal a face na arte moderna e contemporânea. 

A curadora Christine Poullain explica que a partir de 1900 a paisagem artística foi influenciada por acontecimentos como a guerra, o holocausto, o crescimento do individualismo. "A representação do rosto também mudou completamente, afastando-se dos códigos da aparência para afirmar a subjetividade, o funcionamento mental do pensamento e a psicologia humana", explica a curadora, lembrando que é a primeira vez que um museu organiza uma mostra com essa temática.

"Abordamos a questão com uma certa excentricidade, como se a imagem fosse estranha ao mundo exterior, mas também a si mesma. Nessa ótica também estão presentes o desejo, a travessia que vai além das fronteiras da aparência", observa Christine Poullain.

"Visages", no Centre de la Vieille Charité de Marselha, um antigo hospício que virou museu, abriu em 21 de fevereiro e fica em cartaz até 22 de junho.

Os 7 Dedos da Mão

Mágico, onirico, fantástico… Todos esses adjetivos ainda não definem os espetáculos da companhia de circo contemporâneo canadense "Les 7 Doigts de la Main" ("Os 7 Dedos da Mão"), nome engraçado que foi escolhido porque o grupo começou com sete cofundadores. Os oito artistas em cena misturam diversas artes, da acrobacia à dança, criando uma linguagem lúdica que já seduziu mais de quatro milhões de espectadores em seus onze anos de existência.

Os brasileiros já tiveram a chance de admirar os shows dos "Sete Dedos" pois eles estiveram em setembro passado em São Paulo, Rio e Belo horizonte. Eles acabaram de encerrar sua temporada na França nesta semana, no Teatro Olympia de Paris,  e estão seguindo para a Holanda, onde se apresentam em Gotenberg em 13 de março.

"Les 7 Doigts de la Main" tem onze espetáculos temáticos.

Vejam abaixo o vídeo show "Séquence 8" que a companhia canadense apresentou em Paris.


 Au revoir às Fashion Weeks!

Antes de terminar a nossa balada cultural, lembro a vocês que depois de Nova York, Londres e Milão, a Semana da Moda de Paris Outono-Inverno 2014-2015 fecha a temporada do Prêt-à-Porter. Muita gente dentro e fora das passarelas agitando a cidade e neste finde vão brilhar Vivianne Westwood, Jean-Paul Gaultier, Kenzo, Chanel, Givenchy e o maldito John Galliano, que volta à cena.

A Fashion Week parisiense começou na terça-feira (25) e fecha as portas em 5 de março.

Duas exposições sobre moda também marcam o primeiro dia de março. O Museu de Artes Decorativas de Paris inaugura uma retrospectiva do estilista belga Dries Van Noten e o Museu Galliera abre a mostra "Papier Glacé" - cem anos de fotografias de moda - que vieram diretamente dos arquivos do grupo editorial Condé Nast, dono da   revista Vogue.

De Villa-Lobos a Bela Bartok

Juliana Steinbach é a pianista brasileira que brilha nos palcos europeus, apresentando-se em praticamente todos os países do continente. Seu próximo concerto é neste domingo, 2 de março, em Budapeste, na Hungria, com Liszt, Debussy e Bella Bartok no repertório. Aos 34 anos, Juliana Steinbach é considerada uma das interprétes mais promissoras da nova geração.

Veja abaixo o vídeo de Juliana Steibach interpretando " L'Île Joyeuse", de Debussy

 

 

 

 

 

 

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