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É verão e muitos parisienses já abandonaram a capital para aproveitar o calor no campo, na montanha ou na beira do mar. Mas quem ficou trabalhando na cidade ou os turistas, ainda mais numerosos nesta época do ano, não precisam se lamentar da falta de novidades nos teatros, museus ou cinemas. Alguns festivais são justamente feitos para esse público, como o Paris Quartier d’Été. O programa desta semana fala ainda sobre o tradicional festival de música clássica de Salzbourg e sobre os destaques do maior festival de fotografia da Espanha.

Cena do espetáculo "Refuse the Hour", concebido e dirigido pelo artista sul-africano William Kentridge, que está na programação do festival Paris Quartiers d'Été.
Cena do espetáculo "Refuse the Hour", concebido e dirigido pelo artista sul-africano William Kentridge, que está na programação do festival Paris Quartiers d'Été. ® Herman Sorgeloos
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"A missão do festival Paris Quartier d'Été é proporcionar uma verdadeira viagem aos parisienses que não partem de férias. Por isso este ano convidamos dois países, a África do Sul e a Coreia. A característica específica desse festival é que ele acontece em toda a capital e em uma dezena de cidades periféricas. A cada ano apresentamos entre 12 e 15 companhias de dança, teatro e música diferentes em cerca de quarenta lugares e o público varia entre 50 e 60 mil espectadores. Este ano 60% dos espetáculos são gratuitos e os outros 40% têm preços muito acessíveis", expilca Carole Fierz, co-diretora e programadora do Paris Quartiers d'Été.

Outra característica do festival: muitos de seus espetáculos são difíceis de definir, misturam vários gêneros artísticos e fazem a ponte entre tradição e experimentação. Este ano, por exemplo, o renomado artista sul-africano William Kentridge dirige um espetáculo barroco que combina música, dança, canto, filme e desenho animado, enquanto a coreógrafa sul-coreana Eun-Me Ahn transforma um conto tradicional em uma delirante ópera techno-rock.

Muitos dos espetáculos de dança, música, acrobacia e teatro na programação do festival são apresentados ao ar livre, para aproveitar ao máximo o curto verão parisiense. Paris Quartiers d’été acontece até o dia 11 de agosto.

Música lírica

Começou neste final de semana o festival de Salzburg, na Áustria. Criado em 1920, o evento tem este ano um número recorde de 280 representações programadas até o dia primeiro de setembro.

Um verdadeiro quebra-cabeças para os amantes de música clássica, que deverão se desdobrar para assistir a uma série de concertos imperdíveis. Por exemplo, a Oitava Sinfonia de Mahler regida pelo venezuelano Gustavo Dudamel, a ópera “Falstaff” de Verdi sob a batuta de Zubin Mehta, ou o “Don Carlo”, também do compositor italiano, com direção do britânico Tony Papano, além da mezzo-soprano Cecilia Bartoli encarnando a “Norma” de Bellini.

Fotografia

Ainda dá tempo de visitar as exposições mais comentadas do maior festival de fotografia da Espanha, que se encerra no próximo dia 28. Setenta e quatro mostras repartidas em várias cidades, mas sobretudo na capital Madri, enfocam o tema do “corpo como mensagem”.

Entre os destaques, os dois grandes fotógrafos americanos Edward Weston e Harry Callahan dialogam em uma exposição dedicada ao nu que evita os clichés da fotografia erótica. "A vanguarda feminista dos anos 70" reúne mais de 200 imagens de 21 artistas que mudaram radicalmente a iconografia feminina. E a artista iraniana Shirin Neshat apresenta fotos e vídeos que exploram a maneira como homens e mulheres são separados nas sociedades muçulmanas.

 

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