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Nesta semana nosso programa começa em Aix-en-Provence, no sul da França. Desde a última quinta-feira, 4 de julho de 2013, a cidade sedia um dos principais festivais de música lírica do verão europeu. Lá também está exposta uma parte da mostra "O Grande Ateliê do Sul", sobre a influência da luminosidade da Provença no trabalho dos artistas que revolucionaram a pintura. O Agenda Europa também fala sobre a exposição que dá uma ideia dos bastidores do célebre restaurante elBulli, do chef catalão Ferran Adrià.

Cena da ópera "Rigoletto", com direção de Robert Carsen, que abriu nesta quinta-feira, 4 de julho de 2013, o festival de música lírica de Aix-en-Provence.
Cena da ópera "Rigoletto", com direção de Robert Carsen, que abriu nesta quinta-feira, 4 de julho de 2013, o festival de música lírica de Aix-en-Provence. Patrick Berger/Festival d'Aix
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A abertura do festival de música lírica de Aix-en-Proence comemorou o bicentenário do compositor italiano Giuseppe Verdi com uma montagem de "Rigoletto". Um espetáculo muito aguardado porque marca a volta ao festival do canadense Robert Carsen, um dos diretores de cena mais requisitados do mundo.

Ele escolheu a metáfora do circo para contar essa história de paixão, traição e vingança do ponto de vista de Rigoletto, o bufão da corte de Mantova. A direção musical é do italiano Gianandrea Noseda.

Outra ópera muito esperada pelo público e pelos críticos é "Elektra", de Richard Strauss, na versão do diretor de cinema e teatro francês Patrice Chéreau e do maestro finlandês Esa Pekka-Salonenn.

 "Este ano temos 'Elektra', de Strauss, e 'Elena', de Cavalli, sobre a bela Helena de Tróia. Mas além dessas figuras míticas da Antiguidade, há uma dimensão mediterrânea que eu pretendo reforçar ainda mais a cada edição do festival. Porque se trata de um espaço cultural de uma riqueza extraordinária", explica o diretor do evento, Bernard Focroulle.

O festival de Aix-en-Provence acolhe desde 2010 em residência a Orquestra Sinfônica de Londres, uma das melhores do mundo. A programação de música lírica na cidade vai até o dia 27 de julho.

Pintura

Renoir e Claude Monet foram os primeiros a levar suas palhetas e cavaletes para o sul da França, no final do século 19. Os quadros deles atraíram para a Provença outros pintores, encantados com a luz da região. Van Gogh sonhava em instalar em Arles um grande atelier de artistas. Matisse e Cézanne também foram buscar inspiração no sul para revolucionarem a pintura.

Essa história é contada em uma grande exposição dividida entre Marselha e Aix-en-Provence que compreende cerca de duzentas obras-primas da arte francesa produzidas entre 1880 e 1960.

A mostra no museu de Belas Artes de Marselha enfoca a exuberância da cor, de Van Gogh ao pós-impressionista Pierre Bonnard, como conta a curadora Marie-Paule Vial: "O que eles querem, e isso é muito importante na obra de Van Gogh, por exemplo, é restituir a emoçãoque sentem diante dessa paisagem. E para evocar essa emoção, eles frequentemente exageram nas cores, forçam no tom. É assim que, pouco a pouco, a pintura vai se libertar das regras de uma certa forma de representação e ganhar mais poesia, mais liberdade até, por exemplo, o fauvisme, onde é a cor que explode e se torna o tema."

Já no museu Granet da vizinha Aix-en-Provence a segunda parte da mostra enfoca a precisão das formas por meio do desenho e tem como principal referência a obra de Cézanne. Na cidade, aliás, pode-se visitar o ateliê do pintor, que era considerado por Picasso e Matisse o pai da arte moderna.

A exposição "O Grande Atelier do Sul" fica em cartaz até o dia 13 de outubro.

Gastronomia

De cada dois milhões de pedidos anuais, somente oito mil eram aceitos. O prêmio de consolação para quem nunca conseguiu uma reserva no elBulli, o templo da cozinha molecular na Costa Brava, é visitar a exposição em cartaz na Somerset House, em Londres. A estrela do show à beira do Tâmisa é Ferran Adrià, que fechou seu célebre restaurante em 2011.

A mostra multimídia permite ter uma ideia dos bastidores do elBulli graças aos esboços e notas sobre a criação de novas receitas, aos modelos de plasticina que eram usados para controlar a qualidade da cor, do tamanho e da apresentação de cada prato, aos utensílios criados especialmente para o restaurante, aos cardápios e fotos.

Mais do que pratos e receitas, Ferran Adrià criou conceitos e técnicas. Que ele continua a desenvolver enquanto se prepara para reabrir o restaurante sob a forma de uma fundação. A história do chef catalão vai virar em breve um filme de Hollywood.

A mostra "Ferran Adrià e a Arte da Comida" pode ser vista até 29 de setembro.

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