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Na COP27, Lula defende que conferência climática de 2025 seja na Amazônia

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva realiza a partir desta quarta-feira (16) a sua primeira agenda internacional desde que venceu o segundo turno das eleições de outubro. Em um painel com governadores dos Estados amazônicos na 27ª Conferência do Clima da ONU em Sharm el-Sheikh, Egito, o petista garantiu que o Brasil “vai voltar a ser motivo de orgulho no mundo” e prometeu batalhar para que a COP de 2025 seja na Amazônia.

O preidente eleito, Lula, anunciou nesta quarta-feira (16) durante encontro com governadores dos estados amazônicos que vai pedir que a COP de 2025 seja realizada na Amazônia.
O preidente eleito, Lula, anunciou nesta quarta-feira (16) durante encontro com governadores dos estados amazônicos que vai pedir que a COP de 2025 seja realizada na Amazônia. © AFP - JOSEPH EID
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Lula discursou na sequência do governador do Pará Hélder Barbalho, que pediu para que o presidente eleito leve a principal conferência internacional sobre as mudanças climáticas para a emblemática região do Brasil. “Vou pedir para que a COP seja feita no Brasil, e no Brasil, ser feita na Amazônia”, disse Lula, sob aplausos. Ele afirmou que dois estados, Amazonas e Pará, seriam capazes de receber um evento da magnitude da COP, com a presença de dezenas de milhares de pessoas.

“Acho muito importante que as pessoas que defendem a Amazônia e o clima conheçam de perto o que é aquela região, a partir da realidade concreta”, argumentou Lula, antes de reiterar que o seu governo vai “fazer uma luta muito forte contra o desmatamento ilegal”.

Diálogo com governadores

Para isso, salientou, pretende envolver os governadores e prefeitos da região – onde, durante os últimos anos, o bolsonarismo se consolidou como força política, em benefício do agronegócio, de garimpeiros e exploração ilegal da madeira. Dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal, o atual presidente foi vitorioso em quatro.  

“Nós não queremos fazer nada sem conversar. A Amazônia tem o significado que ela tem para o planeta Terra, se ela tem a importância que todos vocês dizem que têm, e os cientistas dizem que têm, nós não temos que medir nenhum esforço para que gente consiga convencer as pessoas de que uma arvore em pé, uma árvore viva, serve mais do que uma árvore derrubada sem nenhum critério, nem necessidade”, destacou o petista.

Brasil "saindo do casulo"

O presidente eleito ainda aproveitou a ocasião para reiterar que “o Brasil está de volta” nas grandes instâncias de diálogo e cooperação multilaterais, como as COPs. A presença dele lotou o estande do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal e os arredores – bem em frente ao hub oficial do Brasil, que registrava fraca movimentação.

“O Brasil está saindo do casulo a que ele foi submetido nos últimos quatro anos. O Brasil não nasceu para ser um país isolado”, disse. “Era como se nós estivéssemos sofrendo um bloqueio, mas não era um bloqueio econômico ou político. Era simplesmente um bloqueio contra a antidemocracia, o negacionismo. Um bloqueio contra um governo que não fazia nenhum esforço para conversar com o mundo”, sublinhou.

Nesta tarde, Lula pronunciará um aguardado discurso na plenária da COP27. Ao longo do dia, ele terá reuniões com delegações presentes no evento, onde ficara até quinta-feira.

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