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Rio 2016

Legado dos Jogos Olímpicos: custo de manutenção será de R$ 59 milhões

Um plano conjunto do governo federal e da prefeitura do Rio para aproveitar os equipamentos e arenas dos Jogos Olímpicos foi apresentado na véspera da abertura dos Jogos Olímpicos pelo prefeito Eduardo Paes e pelo ministro dos Esportes, Leonardo Picciani.

Vista aérea do Centro de Hóquei em Deodoro.
Vista aérea do Centro de Hóquei em Deodoro. Renato Sette Camara/Divulgação
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Em uma conferência de imprensa na sede do Rio Media Center, eles defenderam o legado social das Olimpíadas e garantiram que as obras e instalações servirão para desenvolver o esporte no país e melhorar a vida dos moradores do Rio.

O projeto foi desenvolvido em uma discussão em “perfeita harmonia” entre o Ministério dos Esportes e a prefeitura do Rio, destacou Eduardo Paes, antes de detalhar o plano para os dois principais Parques Olímpicos do Rio, o da Barra e o de Deodoro.

A prefeitura do Rio ainda deve lançar o edital para encontrar parceiros para levar adiante o projeto do Parque da Barra, onde se concentra boa parte das instalações olímpicas, que exigirá ainda a construção de uma pista de atletismo.

Para o local está prevista a transformação em 116 unidades de alojamentos. Cada arena e equipamento ganharam planos específicos. A Arena Carioca 2, por exemplo, deverá ser dedicada a esportes de alto rendimento, como o judô. Na vizinha Arena 1, onde serão disputadas as partidas de basquete, o objetivo é transformá-la também em um centro de Convenções e local para show depois dos Jogos.

Nas Arena Carioca 3, estão previstas 24 salas de aula, um laboratório de ciências e mídias e ainda duas salas multiuso. No local será adaptado um Ginásio Experimental Olímpico (GEO) com capacidade para 1.000 alunos em período integral.

O Centro de Tênis será voltado para atletas de alto rendimento e deve abrigar torneios internacionais e projetos sociais. No Velódromo devem acontecer competições internacionais de ciclismo e outros eventos.

Como se trata de uma PPP (Parceria Público-Privada), o custo de manutenção anual para a prefeitura será de R$ 13 milhões. “O valor é baixo para um equipamento com essas características, não é exagerado”, disse.
Segundo o prefeito Paes, a Arena do futuro será desmontada e transformada em quatro escolas municipais: três na região de Jacarepaguá e uma em São Cristóvão para 500 alunos cada.

O complexo Maria Lenk deve continuar a receber competições nacionais e internacionais, além de se transformar em um centro de alto rendimento para 800 projetos sociais. O Parque Radical, onde estão as pistas de BMX e Canoé Slalom vai ser transformado em uma grande área de lazer que já foi testada no verão.

Governo federal vai manter Parque de Deodoro

Ao detalhar o compromisso do governo federal com o legado dos Jogos do Rio, o ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, afirmou que quando assumiu a pasta, em 18 de maio, havia pouca ação do ministério em relação ao conjunto das 22 instalações criadas ou transformadas para os dois eventos olímpicos. “Tinha poucas ações práticas. A partir do grupo, que tem pouco mais de 40 dias, nós conseguimos apresentar o plano de legado”, garantiu.

O ministro disse ter criado neste pouco tempo de gestão a Rede Nacional de Treinamento, que deverá unificar todos os equipamentos esportivos do país. O objetivo, segundo Picciani, é trabalhar com uma “única lógica, desde a iniciação esportiva local até os centros regionais e nacionais, com categorias de base e centro olímpicos de treinamento de altíssimo rendimento”.

“Os equipamentos olímpicos serão no topo desta pirâmide, na medida em que um jovem que iniciou a prática de esporte em qualquer região do país e for evoluindo possa usufruir da estrutura em toda sua carreira até atingir o alto rendimento”, explicou.

“Este conceito de unificação dos equipamentos olímpicos não existia e jamais tinha sido tratado anteriormente, ou seja, de integrar o legado olímpico dos equipamentos do Rio de Janeiro com os centros de treinamento no resto do país”, afirmou.

Picciani informou que no dia 2 de agosto foi assinado um protocolo de intenções entre a prefeitura e o ministério para liberar os equipamentos para uso esportivo. O plano que estabelece a manutenção e utilização do uso esportivo pós-Jogos foi entregue à Justiça Federal e encaminhado na quarta-feira (3) ao Tribunal de Contas.

A União, que investiu R$ 2,08 bilhões nas instalações, o que representa30% dos gastos, vai assumir o controle e gestão do Parque de Deodoro. As Forças Armadas, o Ministério da Defesa e o dos Esportes irão gerenciar o uso e a manutenção das instalações que irá custar R$ 46 milhões anuais aos cofres públicos. A disponibilidade destes equipamentos está prevista para o primeiro semestre de 2017.

“Nós temos orgulho de fazermos as Olimpíadas que estamos fazendo. Gastamos R$ 3 bilhões, essas Olimpíadas são as mais baratas da história com dinheiro público. Não fizemos elefantes brancos, nem arenas com nomes de castelos. Tudo foi pensado para servir de legado para o nosso país. O Rio está se servindo dos Jogos para ser uma cidade melhor”, disse Paes.

“Não há improviso algum. Nós, brasileiros, nos orgulhamos do que construímos mesmo em uma crise política e econômica”, finalizou.
 

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