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Linha Direta

Senado inicia voto do impeachment de Dilma nesta quarta

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Depois de várias reviralvoltas, o Senado brasileiro dá início, nesta quarta-feira (11), ao voto do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Até o último minuto, a defesa da chefe de Estado tentou adiar a sessão que pode resultar em seu afastamento do poder por 180 dias.

Os senadores Raimundo Lira (e) e Antonio Anastasia (d) vão ser, respectivamente, presidente e relator da comissão do impeachment.
Os senadores Raimundo Lira (e) e Antonio Anastasia (d) vão ser, respectivamente, presidente e relator da comissão do impeachment. Geraldo Magela/Agência Senado
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Do enviado especial a Brasília

Em Brasília, até último momento, ninguém era capaz de dizer, com certeza, se o voto iria realmente acontecer. Além da reviravolta provocada pelo presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, e da cassação do mandato de Delcídio do Amaral, a Advocacia Geral da União tentou mais uma vez, sem sucesso, anular o processo.

O dispositivo proposto para a votação do impeachment é composto por uma sessão que deve durar o dia todo. Em seguida, os trabalhos serão retomados e podem avançar noite adentro, já que o presidente do Senado, Renan Calheiros, espera que o processo seja concluído ainda hoje. O voto é aberto aos 81 senadores, mas pode ser realizado com apenas 41 membros. Ontem o presidente do Senado disse que mais de 40 nomes já estavam inscritos e os retardatários poderiam se inscrever até o útimo momento.

Voto será eletrônico para evitar "circo" visto em votação na Câmara

Tudo está sendo feito para evitar a arena que foi vista na Câmara no mês de abril. O voto vai ser eletrônico, impossibilitando os recados para os familiares. No entanto, cada senador terá 15 minutos para falar antes do voto e, em seguida, o relator da comissão e a defesa da presidente Dima terão, cada um, quinze minutos. Se todos decidirem falar, o voto deve avançar noite adentro. Alguns senadores chegaram a propor que as pausas para almoço e jantar fossem suprimidas, mas a ideia foi logo abandonada.

Como o voto é eletrônico, a contagem será rápida. Além disso, o parecer precisa apenas de maioria simples para ser aprovado. Ou seja, se maioria for a favor, a presidente será notificada e deixará o cargo durante 180 dias. Se a maioria for contra, o processo é arquivado. Além do voto em si, há uma grande expectativa sobre o número de participantes e a proporção do resultado, pois um quórum expressivo, com uma maioria importante favorável ao impeachment, é visto também como um sinal de apoio ao governo Temer, caso o impeachment seja aprovado

Brasília se prepara para voto com esquema de segurança

Um esquema de segurança especial foi armado pelas autoridades de Brasil. Um muro cercado por grades, formando um corredor de um quilômetro de comprimento por 80 metros de largura, foi instalado diante da Esplanada do Planalto, como no voto na Câmara. Além disso, os serviços de segurança de Brasília estão de olho nos grupos militantes, que vinham convocando manifestantes nos últimos dias pelas redes sociais, inclusive ameaçando invadir prédio do Senado.
 

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