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Linha Direta

Comissão vota hoje pedido de impeachment de Dilma

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Mais uma etapa decisiva do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff vai ocorrer nesta segunda-feira (10) na Câmara dos Deputados. A comissão especial que analisa o caso retoma os trabalhos a partir de 10h, horário de Brasília, e vota o relatório que pede a destituição da presidente no final da tarde.

Comissão Especial votará no final da tarde o relatório favorável ao impeachment de Dilma.
Comissão Especial votará no final da tarde o relatório favorável ao impeachment de Dilma. Lula Marques/Agência PT
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Luciana Marques, correspondente em Brasília

A sessão vai começar com a réplica do relator, o deputado Jovair Arantes, do PTB. Ele terá 20 minutos para defender seu parecer a favor do impedimento da presidente. Depois será a vez da defesa de Dilma, com o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, se pronunciar. A seguir, a palavra será concedida a 25 líderes de partidos. Eles devem discursar até 17h, quando está prevista a votação. A expectativa é que o parecer seja aprovado e o processo seja encaminhado ao plenário da Câmara. A discussão no plenário deve começar na sexta-feira e se estender até o domingo.

Distribuição de cargos no governo dificulta previsões

O ex-presidente Lula vem negociando com aliados em um hotel de Brasília. Estão em jogo cargos em ministérios, estatais e agências reguladoras. E ainda promessas de um novo rumo à economia. Com isso, é difícil achar alguém que arrisque um resultado certeiro no plenário da Câmara. A votação será política e os acontecimentos da semana podem mudar os votos de deputados. Mas as manifestações nas ruas também terão peso na decisão dos parlamentares.

Artistas participam de ato de apoio a Dilma no Rio

Nesta segunda-feira, artistas como Chico Buarque e Wagner Moura vão participar de ato no Rio de Janeiro a favor da presidente Dilma. Também haverá manifestos favoráveis em Brasília e São Paulo. Os movimentos a favor do impeachment, o Vem para Rua e o Movimento Brasil Livre, vão se concentrar especialmente no dia 17 de abril, quando deve ocorrer a votação no plenário da Câmara.

Brasília tem segurança reforçada para prevenir distúrbios

De sexta a domingo, o grupo pró-impeachment será direcionado para o lado direito do Congresso, tendo o Museu da República como ponto de concentração. O grupo contrário ao impeachment deverá seguir para o lado esquerdo, usando o Teatro Nacional como ponto de partida. Somente equipes de segurança pública poderão circular no espaço intermediário entre os grupos. Não serão permitidos acampamentos. Também estão proibidos o uso de máscaras, balões aéreos e bonecos provocativos ou ofensivos de qualquer tamanho.

No Congresso, além das polícias legislativas da Câmara e do Senado, haverá apoio de tropas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. As visitas de turistas estão suspensas até o dia 17 de abril. Só poderão entrar no Congresso parlamentares, servidores, prestadores de serviços e credenciados. Também haverá detectores de metais.

Cenários previstos após a votação na Câmara

Se houver 342 votos a favor do impeachment, o processo segue para o Senado. Por maioria simples, os senadores podem receber o pedido da Câmara. Neste caso, a presidente Dilma deverá ficar afastada do poder por 6 meses e assume o vice-presidente Michel Temer. Neste período, os senadores vão analisar o mérito da questão.

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