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EUA/Brasil

Brasil e EUA assinam acordo na área de defesa

O Brasil deve assinar um acordo militar com os EUA nesta segunda-feira, em Washington. O ministro da defesa, Nelson Jobim, viaja neste domingo com o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das relações exteriores, Celso Amorim, para assinar o documento com o secretário americano de defesa, Robert Gates.

O ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim.
O ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim. Roosewelt Pinheiro/ABr
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Luiza Duarte, em colaboração para a RFI

 

A cooperação bilateral entre Brasil e Estados Unidos na área de defesa prevê visitas de delegações, intercâmbios entre profissionais e estudantes, eventos de treinamento e aperfeiçoamento, visitas de navios, programas, projetos de tecnologia de defesa e iniciativas comerciais no setor.

Em 2009, um acordo militar com a Colômbia foi mal recebido na América Latina, provocando reações do próprio governo brasileiro, preocupado com a segurança regional e com a intervenção americana na região. Na época, o ministro brasileiro das relações exteriores, Celso Amorim, "disse que era preciso esclarecer as bases da cooperação."

De acordo com Luiz Bittencourt, especialista em defesa da National Defense University, não há como comparar os dois acordos, já que a cooperação entre o Brasil e os Estados Unidos reconhece a importância estratégica mútua. “O acordo não deve trazer de imediato muitas novidades, mas facilitar cooperações bilaterais que já existem na área da defesa”, afirma Bittencourt.

Este será o primeiro acordo firmado entre os dois países desde 1977. O Brasil possui 28 acordos de defesa com outros países em diferentes setores de cooperação militar. Segundo o Ministério das Relações

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Luiz Bittencourt, especialista em defesa da National Defense University

Exteriores, o documento "garante o respeito da soberania, da integridade e a não-violação dos territórios nacionais, assim como a não intervenção nos assuntos internos de outros países." Todos os membros da UNASUL (União das Nações Sul-Americanas) teriam sido informados da negociação.

Centro militar brasileiro

Há cerca de uma semana, a Marinha e Polícia Federal apresentaram o projeto de um centro militar comum ao chefe do Comando do Sul do Pentágono, Douglas Fraser, em visita ao Brasil. Ele funcionaria nos mesmos moldes das bases de Key West, nos Estados Unidos e da de Lisboa, em Portugal. O centro receberia observadores estrangeiros com o objetivo de reprimir o tráfico de armas, o narcotráfico e garantir a soberania do território marítimo brasileiro. A versão final do documento deve ser finalizada até o final do ano e ainda precisa ser aprovada pelo governo brasileiro.

A Polícia Federal e Ministério da Defesa garantem que o projeto, que prevê a criação de uma força-tarefa internacional no Rio de Janeiro, não tem nenhuma relação com o futuro acordo Brasil - Estados Unidos.
 

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