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EUA/ilegais

EUA preparam prisão de 2 mil imigrantes ilegais a partir de domingo

Os Estados Unidos estão preparando a detenção de 2.000 imigrantes sem documentos que vieram com suas famílias ao país. A operação pode começar no domingo (22), informaram a imprensa local.

Imagem ilustrativa de imigrantes hondurenhos entram nos Estados Unidos depois de cruzar a fronteira em 6 de janeiro de 2019 em Tijuana, México.
Imagem ilustrativa de imigrantes hondurenhos entram nos Estados Unidos depois de cruzar a fronteira em 6 de janeiro de 2019 em Tijuana, México. Sandy Huffaker / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP
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O presidente Donald Trump prometeu na segunda-feira (17) que na semana seguinte que vem a polícia migratória começaria a expulsar "milhões" de imigrantes ilegais estabelecidos nos Estados Unidos, sem dar mais detalhes.

Seu tuíte acelerou os preparativos iniciados há semanas e, segundo fontes anônimas citadas por Washington Post, NBC e CNN, as detenções poderiam começar ao amanhecer de domingo em uma dezena das principais cidades do país, incluindo Houston, Chicago, Nova York e Miami.

Os imigrantes que não se apresentaram a audiências judiciais ou que receberam notificações de expulsão poderão ser detidos em casa ou local de trabalho.

Risco de mais famílias separadas

No entanto, o secretário interino de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Kevin McAleenan, duvida sobre certos aspectos da operação, disseram os meios. Ele destacou particularmente o risco de se separar as famílias, por exemplo, se as crianças estão em situação legal mas seus pais não.

Trump transformou a luta contra a imigração clandestina em uma das metas de sua presidência. Em 2017, seu governo declarou uma política de "tolerância zero" na fronteira com o México, o que levou à separação de centenas de famílias.

As tragédias vividas por essas famílias geraram críticas inclusive entre republicanos, e o presidente ordenou o fim dessa política.

Desde então, os fluxos migratórios aumentaram constantemente, com um número crescente de famílias e menores provenientes principalmente de Honduras, Guatemala e El Salvador.

Em maio, mais de 144.000 imigrantes foram presos ou devolvidos à fronteira sul, contra uma média de 20.000 nos primeiros meses da presidência de Trump.

Recado para a América Central

Expulsando famílias inteiras, o magnata republicano quer enviar uma mensagem dissuasiva à América Central.

Mas seu anúncio de "milhões" de deportações, na véspera do lançamento de sua campanha de reeleição para 2020, foi percebido como um objetivo impossível de alcançar.

As expulsões atingiram um máximo de cerca de 400.000 por ano no início da década de 2010, e estiveram em torno de 250.000 por ano após a eleição de Donald Trump.

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