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Guaidó é impedido de exercer cargo público por 15 anos

O chefe do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, foi considerado inabilitado para ocupar cargos públicos durante 15 anos por suposta corrupção, anunciou nesta quinta-feira (28) a Controladoria Geral da Venezuela. O líder da oposição se autoproclamou presidente interino no começo de 2019.

Juan Guaido em Caracas, no dia 12 de março de 2019
Juan Guaido em Caracas, no dia 12 de março de 2019 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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A Controladoria Geral da Venezuela anunciou que vai "desativar o exercício de qualquer cargo público pelo prazo máximo estabelecido na lei", declarou o controlador do governo, Elvis Amoroso, por meio da televisão estatal. Em reação imediata, Guaidó declarou que rejeita a decisão. “Ele não é um controlador. E não existe nenhuma sanção”, disse o opositor, reconhecido como presidente interino da Venezuela por cinquenta países.

Segundo Amoroso, em suas declarações patrimoniais, o chefe do parlamento não justifica gastos feitos no país e fora do território, com recursos supostamente vindos do exterior. "Ele fez mais de 91 viagens internacionais com um custo que ultrapassa 310 milhões de bolívares (cerca de US$ 94 mil), sem justificar a fonte de renda", afirmou o controlador. Amoroso também lembrou que, desde que assumiu o cargo de deputado, em 2016, Guaidó "ficou mais de 248 dias" ausente.

Suspeita de corrupção

A Controladoria Geral havia anunciado no dia 11 de fevereiro a abertura de uma investigação contra o opositor por receber financiamento internacional, o que caracterizaria um ato de corrupção. O Ministério Público foi acionado, além de um órgão fiscal, para inspecionar os hotéis onde Guaidó se hospedou na Venezuela. O líder da oposição também é acusado de "esconder ou falsificar dados contidos em sua declaração de patrimônio".

Responsável por monitorar a conduta dos servidores do Estado na Venezuela, a Controladoria tem o poder de aplicar sanções como multas ou torná-los inabilitados para o cargo. Personalidades da oposição, como o ex-candidato presidencial Henrique Capriles, foram submetidos a medidas semelhantes, o que os impediu de concorrer a cargos depois de eleitos.

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