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Canadá

Apesar da falta de mão-de-obra, Quebec quer diminuir entrada de imigrantes com visto de trabalho

Cumprindo as promessas feitas durante a campanha eleitoral, o governo conservador do Quebec, no Canadá, acaba de apresentar um projeto para diminuir o número de imigrantes que a região recebe atualmente. Essa restrição vai atingir tanto os refugiados quanto os estrangeiros que vão para a província com visto de trabalho.

A Coalizão Avenir Quebec, liderada pelo empresário François Legault, pretende cumprir as promessas de campanha e vai diminuir as entradas de imigrantes na província
A Coalizão Avenir Quebec, liderada pelo empresário François Legault, pretende cumprir as promessas de campanha e vai diminuir as entradas de imigrantes na província REUTERS/Chris Wattie
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Com informações de Pascale Guéricolas, correspondente da RFI no Quebec

O Quebec, província francófona do Canadá, pretende terminar o ano de 2018 respeitando a sua meta de acolher 50 mil migrantes e refugiados. No entanto, se depender do governo, em 2019 esse número não passará de 40 mil.

Oficialmente, a decisão do governo do Quebec visa reduzir o número de migrantes para poder oferecer melhores condições e mais benefícios para os que poderão entrar no país. Mas, oficiosamente, a medida do Coalizão Futuro Quebec, o partido no poder, tem como objetivo acalmar boa parte de seus eleitores, que se sentem ameaçados pelo aumento de estrangeiros na província.

No entanto, essa medida não atinge apenas os refugiados. Segundo o projeto apresentado pelo ministro da Imigração, Simon Jolin-Barrette, no ano que vem o Quebec acolherá 23.450 trabalhadores oriundos da imigração econômica, contra mais de 31 mil trabalhadores migrantes previstos para este ano.

Recrutamento na França e na América Latina

Porém, o anúncio vai na contramão das necessidades econômicas da região, que sofre com a falta de mão de obra, principalmente nas pequenas e médias empresas. Segundo estatísticas da Federação canadense das empresas independentes (FCEI), 430.000 vagas estariam há pelo menos quatro meses a espera de candidatos em todo o país. Apenas no Quebec 117.000 vagas estão abertas, mas a situação também atinge a região da Colômbia Britânica e de Ontário, que formam as províncias mais populosas do país.

De acordo com o FCEI, os setores da construção civil e de serviços são os que têm mais dificuldades para contratar. Uma rede de restaurante na cidade do Quebec chegou a organizar recentemente uma missão de recrutamento na França. Já uma fábrica em um vilarejo da região foi até a Colômbia em busca de funcionários.

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