Em Davos, Macri se diz disposto a ajudar a Venezuela
O presidente argentino Mauricio Macri, garantiu, nesta quinta-feira (25), no Fórum de Davos que seu país está disposto a ajudar a Venezuela "em tudo que puder", mas pediu antes que sejam realizada eleições livres e transparentes no país.
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"[Ajudaremos] em tudo o que pudermos, mas deve haver eleições livres e transparentes o mais rápido possível", disse ele, respondendo perguntas sobre proposta da Colômbia de lançar um plano econômico de emergência para Venezuela com participação internacional.
A Assembléia Constituinte Nacional da Venezuela, que governa o país com poderes absolutos e em que a oposição não está representada, foi convocada para avançar as eleições presidenciais nos primeiros quatro meses deste ano, em que Nicolás Maduro procurará a reeleição.
A antecipação dessas eleições foi rejeitada pelo Grupo Lima (que reúne 14 países da América Latina e do Caribe), bem como pelos Estados Unidos.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma queda de 15% para a economia venezuelana neste ano, bem como uma inflação de 13.000%.
Em 2017, o PIB venezuelano fechou em baixa de -14% e, em 2016, de -16,5%, de acordo com o FMI.
O ministro da Fazenda colombiano, Mauricio Cárdenas, que também está em Davos, garantiu que o colapso da economia venezuelana é iminente e pediu um plano "para o dia seguinte", com a participação de instituições multilaterais.
Macri fechou nesta quinta uma passagem de pouco mais de um dia por Davos, onde teve diversos encontros com grandes empresários para atrair investimentos para o seu país.
"Experimento populista"
Em um discurso para um seleto grupo de empresários e líderes políticos, Macri disse que a Argentina deixou para trás o "experimento populista", em referência ao governo de sua antecessora Cristina Kirchner.
Ele também se referiu às negociações comerciais longas e complexas entre os países da União Europeia e o Mercosul, que duram quase duas décadas.
"Estamos perto, muito perto", disse Macri, que se reunirá em Paris com o presidente francês, Emmanuel Macron, na sexta-feira. Ele disse esperar "boas notícias" dele sobre o tema.
A França está particularmente preocupada com o impacto do acordo sobre o seu setor agropecuário, e os sindicatos europeus no setor estão empenhados em evitar a inclusão de produtos agrícolas no acordo.
Macri também fez um balanço econômico otimista de sua presidência, com um crescimento esperado de 2,5% do PIB em 2018, de acordo com as últimas projeções do FMI.
(Com informações da AFP)
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