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Em Davos, Temer afirma que “Brasil está de volta aos negócios”

Em seu discurso nesta quarta-feira (24) no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o presidente Michel Temer afirmou que “o Brasil está de volta” e que quem investir no país “não vai se arrepender”. A fala do chefe de Estado foi uma das mais aguardadas do evento, pois ocorre no mesmo dia do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O presidene do Brasil Michel Temer durante seu discurso no Fórum Econômico Mundial de Davos
O presidene do Brasil Michel Temer durante seu discurso no Fórum Econômico Mundial de Davos REUTERS/Denis Balibouse
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O presidente Michel Temer insistiu na palavra “responsabilidade” para dar ênfase às decisões tomadas por seu governo, que continua a ter baixa aprovação entre os brasileiros. “Com convicção absoluta, nós completaremos nossa jornada. O Brasil que vai às urnas em outubro sabe que a reponsabilidade dá resultados”, disse Temer.

“Hoje os principais atores políticos e econômicos convergem em que não há alternativa à agenda de reformas que estamos promovendo. O espaço para uma volta atrás é virtualmente inexistente”. Temer reiterou, como fez em discursos anteriores, que o Brasil “voltou mais forte da crise” e “retornou ao trilho do desenvolvimento”. “O Brasil que está de volta é um país mais próspero e mais aberto, com mais possibilidade de investimentos e de negócios”.

“Desde o primeiro dia de nosso governo, nós rejeitamos as análises falsas e populistas”, declarou o presidente. “Afinal, é preciso governar com a visão de longo prazo. O populismo nos legou uma séria crise fiscal e somente a ‘responsabilidade’ nos tiraria dessa crise”.

Visão otimista

O presidente Temer comentou sobre a polêmica PEC 241, promulgada em 2016, que limita o teto dos gastos do governo pelos próximos vinte anos, afirmando que essa era uma decisão necessária dentro do contexto econômico. O projeto de lei causou diversos protestos e críticas ao governo Temer.

“Nossa responsabilidade não é apenas fiscal, mas também social. Aliás, são duas faces de uma mesma moeda. Sem o reajuste fiscal, a responsabilidade social é mero discurso vazio”, declarou. “Apenas com as contas públicas em ordem é que nós temos crescimento, emprego e espaço orçamentário para as políticas sociais em um país ainda desigual”.

Apesar dos altos índices de impopularidade, Temer reiterou que outra palavra-chave de seu governo é o “diálogo”. “Na política, na vida em geral, pouco se pode conquistar sozinho. Menos ainda superar obstáculos na administração na crise em que nós nos encontramos”, afirmou. “Para construir a missão que nos cabe, é preciso saber ouvir, é preciso saber persuadir, é preciso saber agregar sem transigências”.

Temer compareceu ao evento acompanhado pelos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho, do deputado Beto Mansur (PRB-SP) e da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). O presidente deve retornar a Brasília na manhã de quinta-feira (25).

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