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EUA

Câmara dos EUA aprova revogação do Obamacare

A Câmara de Representantes do Congresso dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (4) uma lei que substitui o sistema de saúde privado em vigor desde 2010 e conhecido como Obamacare. Mesmo se o texto ainda deve ser validado pelo Senado, a notícia é vista como uma vitória parcial para o presidente Donald Trump.

Donald Trump (d) felicita o presidente da Câmara, Paul Ryan, após voto para revogação do Obamacare.
Donald Trump (d) felicita o presidente da Câmara, Paul Ryan, após voto para revogação do Obamacare. REUTERS/Carlos Barria
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Os legisladores republicanos conseguiram 217 votos para aprovar o projeto de lei, apenas um voto a mais do que os 216 necessários. O resultado apertado mostra a divisão dos membros da Câmara.

Mesmo assim, o voto foi celebrado pelos republicanos. “Essa lei é a concretização da promessa que nós fizemos aos americanos”, declarou o presidente da Câmara, Paul Ryan, que qualificou o Obamacare, adotado em 2010, de “experiência fracassada”.

O texto votado nesta quinta-feira suprime vários pontos vistos como conquistas da lei em vigor. Entre as principais mudanças previstas estão a redução do sistema de financiamento público ao Medicaid, o programa de seguro saúde para os mais pobres, e da cobertura mínima instaurada pelo Obamacare.

“A saúde não é um produto de consumo, e sim um direito universal”, contestou a chefe dos democratas da Câmara, Nancy Pelosi, citando o papa Francisco.

Grande promessa de campanha, a revogação do programa de acesso ao sistema de saúde implementado pelo ex-presidente Barack Obama deve ser uma das primeiras grandes leis da era Trump. Porém, a iniciativa ainda deve ser enviada ao Senado, onde deverá sofrer grandes mudanças antes de ser submetida ao voto na próxima semana.

Democratas já chamam reforma de "Trumpcare"

Qualificando o plano de “Trumpcare”, o chefe dos democratas no Senado, Chuck Schumer, prometeu bloquear o projeto, que ele considera impopular. “Com essa lei voltaremos a uma época em que as companhias de seguro podiam excluir doentes e empurrar americanos idosos à falência, cobrando preços exorbitantes”, disse.

Nos Estados Unidos, cerca de metade da população, que tem o seguro saúde pago pelos empregadores, não seria atingida pelas reformas. O Obamacare ajuda principalmente os mais precários, que são obrigados a arcar com seus próprios gastos com saúde.

 

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