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Turnê de Marc Zuckerberg pelos EUA: pré-campanha política ou "mea culpa"?

O jovem bilionário quer encarar o desafio de visitar os 51 estados americanos até o fim do ano. Zuckerberg quer encontrar seus compatriotas para compreender como vivem, o que aspiram e qual é a sua visão do futuro. Uma turnê política ou um pedido de desculpas por Facebook não ter impedido notícias que favoreceram Trump? 

Mark Zuckerberg e a esposa Priscilla Chan, na Califórnia
Mark Zuckerberg e a esposa Priscilla Chan, na Califórnia REUTERS/Stephen Lam/
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O jovem bilionário pretende visitar os 51 estados americanos até o fim do ano. Zuckerberg quer encontrar seus compatriotas para compreender como vivem, o que aspiram e qual é a sua visão do futuro. A correspondente da RFI em Nova York, Marie Borreau, analisa se essa expedição tem ares políticos ou se é um pedido de desculpas por Facebook não ter se posicionado mais durante a recente campanha eleitoral.

Mark Zuckerberg é o rei da comunicação e sua aposta de percorrer todo o território americano em um ano é explorada na sua rede social favorita... o Facebook, é claro! Sua página, administrada por uma equipe de várias pessoas, é alimentada diariamente com fotos onde ele aparece sozinho ou com a mulher, Priscilla Chan, encontrando empresários de Nova Orleans que perderam tudo durante o furacão Katrina, empregados da indústria petrolífera no golfo do México, jogadores de futebol no Alabama ou recolhido em um cemitério antigo, da guerra civil americana.

Mark Zuckerberg, um americano não tão comum assim

Toda essa publicidade leva à interrogação sobre as suas reais ambições políticas. As fotos publicadas na sua página Facebook se assemelham às imagens dos políticos populares: ele quase nunca está sozinho, e com frequência aparece ao lado de pessoas vindas de meios totalmente diferentes do dele. O objetivo, com certeza, é mostrar como é acessível, mesmo com sua fortuna de US$44 bilhões. Em outras palavras, mesmo com seu jeito despojado, sempre de jeans e tênis, ele não é exatamente um cidadão americano comum.

Pré-campanha eleitoral? Mea culpa?

Mesmo se Zuckerberg desmente ter intenção de se lançar na política, as mídias e mesmo muitos políticos não descartam essa ideia. Suas duras críticas a Donald Trump deram a volta ao mundo. Em compensação, Facebook foi muito criticado por não ter retirado as falsas notícias da rede como, por exemplo, que o papa Francisco estava apoiando Trump. O fato explodiu nas redes e surge o questionamento se, indo de encontro ao povo americano, ele não faz um "mea culpa" de que Facebook também teve sua parte de responsabilidade no resultado traumático da eleição presidencial americana.

Ele repetiu muitas vezes que tentava entender o impacto da globalização e das tecnologias sobre a sociedade, e como esses fatores podem dividir um país.

(Informações de Marie Bourreau, correspondente da RFI em Nova York)

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