Greve em minas do Chile e Peru afetam mercado mundial do cobre
Mais um golpe duro para o mercado mundial de cobre. Depois da greve na mina chilena Escondida, que já entrou no segundo mês, os trabalhadores de uma mina do Peru decidiram cruzar os braços por melhores salários.
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Nesta sexta-feira (10), os assalariados da mina de cobre Cerro Verde, na região de Arequipa, no sul do Peru, entraram em greve. Rommel Arias, líder do sindicato formado por 1.300 homens, informou que as discussões com os diretores da empresa não deram nenhum resultado.
Cerro Verde é controlada majoritariamente pelo grupo americano Freeport-McMoran (53,6%), pelo japonês Sumitomo Metal Mining Ltd (21%) e pelo peruano Buenaventura (19,58%).
Reivindicações
Os mineiros exigem o pagamento de um bônus previsto em caso de queda da cotação do metal para equilibrar seus salários, além de melhores condições de trabalho.
Terceiro produtor mundial de cobre, segundo de prata e quinto de ouro, o Peru tem no setor mineiro a base de sua economia. A produção doboru entre 2015 e 2016, com um resultado em torno de 500 mil toneladas por ano. Um número que coloca Cerro Verde no topo da produção de cobre no Peru.
Mercado do cobre em queda
Situada na região de Antofagasta, Escondida é mantida pelo grupo australiano BHP Billiton, acionista majoritário, e responde pela produção de 5% do cobre comercializado no mundo, com produção anual de mais de um milhão de toneladas.
As duas greves se inscrevem em um contexto de queda da cotação do cobre nos últimos anos. Um dos fatores que desencadearam essa baixa foi a diminuição da demanda da China, o maior comprador mundial do metal.
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