“Ameaças contra comunidade judaica são horríveis”, afirma Donald Trump
Após ter evitado tocar na questão durante vários dias, o presidente americano Donald Trump condenou nesta terça-feira (21) as ameaças "horríveis" contra a comunidade judaica após uma série de incidentes que atingiram centros comunitários nas últimas semanas nos Estados Unidos.
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Durante sua primeira visita ao Museu de História Afro-americana em Washington, inaugurado há menos de seis meses por seu antecessor, Barack Obama, Donald Trump evocou o combate ao "fanatismo, à intolerância e ao ódio em todos as suas formas."
Enfatizando uma mensagem de integração - "Vamos reunir este país" – o presidente americano também respondeu à multiplicação das ameaças de bombas falsas em centros comunitários judaicos, que são objeto de uma investigação do FBI. "Ameaças antissemitas contra nossa comunidade judaica são horríveis e dolorosas e são uma triste lembrança do trabalho ainda a fazer para erradicar o ódio e preconceito", declarou.
Uma centena de túmulos de um cemitério judeu em St. Louis, no estado americano do Missouri, foram profanadas neste fim-de-semana, de acordo com o responsável do local. Ivanka Trump, filha do presidente americano, denunciou as ameaças contra a comunidade judaica em seu twitter, afirmando que "os Estados Unidos são uma nação fundada sobre o princípio da tolerância religiosa". Trump havia permanecido em silêncio sobre o assunto até agora.
Opositores criticam o bilionário por sua retórica durante a campanha eleitoral sobre a imigração e sua virulenta investida contra o discurso "politicamente correto", que teria aberto a porta para declarações polêmicas de segmentos extremistas dos Estados Unidos.
Questionado durante a coletiva de imprensa com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre o recrudescimento de atos antissemitas nos Estados Unidos desde sua eleição, o presidente americano ofereceu uma resposta desconcertante, prometendo "muito amor " aos Estados Unidos nos próximos anos. "O povo judeu ... Tenho tantos amigos, e uma filha que está aqui, um filho e três belos netos judeus", ele afirmou na ocasião.
Jared Kushner, um assessor próximo do presidente norte-americano, é judeu e Ivanka Trump se converteu ao judaísmo, antes de se casar em 2009. Mais uma vez questionado sobre o mesmo tema na sexta-feira (17), ele respondeu: "eu sou a pessoa menos antissemita e menos racista que existe".
De acordo com a associação comunitária americana Jewish Center, 11 centros judaicos dos Estados Unidos receberam alertas de bombas falsas, que exigiram evacuação imediata nesta segunda-feira (20). Um total de 69 incidentes do mesmo tipo foram notificados desde o início de janeiro em 27 estados do país, além de uma província canadense, segundo declarou a mesma fonte.
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