Trump busca apoio de eleitores, após semana de desgaste
Donald Trump volta a fazer comício como se estivesse ainda em campanha. O presidente dos Estados Unidos reuniu milhares de adeptos na Flórida, na noite de sábado. Trump, que perde popularidade segundo as pesquisas, ignorou o desgaste sofrido por sua administração e fez um balanço positivo de seu primeiro mês à frente do país.
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O presidente Donald Trump foi buscar o apoio que não tem da elite política de Washington junto a seu eleitorado fiel na Flórida. O grande comício foi organizado em um hangar do aeroporto de Melburne, perto de orlando.
Trump garantiu que seu início de governo acontece sem problemas. Ele voltou a atacar a imprensa, chamada por ele de desonesta, e foi aclamado. "Quero falar com vocês sem o filtro de informações falsas. A mídia desonesta faz parte do sistema corrupto", lançou o presidente.
O correspondente da RFI em Washington, Jean-Louis Pourtet, relata que o comício foi aberto pela elegante primeira-dama Melania, que recitou o "Pai Nosso", antes de anunciar o marido. Trump, que adora ser adulado pelas multidões, lembrou grandes temas de sua campanha, enumerou as medidas adotadas e anunciou seu programa para o futuro.
De repente, no meio do discurso, ele chamou ao palco um de seus apoiadores. Depois de abraçar o presidente, o homem diz que Trump "sabia que ele iria fazer todas as coisas que prometeu durante a campanha".
Semana agitada
O presidente garantiu que a Casa Branca está funcionando sem sobressaltos, apesar de ter herdado um "grande bazar". No entanto, a jovem administração Trump enfrenta várias dificuldades, como a suspensão pela Justiça do decreto anti-imigração, a demissão do principal conselheiro de Segurança da Casa Branca, Michael Flynn, e a retirada da nomeação de seu candidato ao cargo de secretário do Trabalho.
Confortado pela presença sempre entusiasta de seus partidários e ignorando as centenas de manifestantes contrários a sua política e que ontem foram afastados do comício, Donald Trump vai dedicar o domingo em consultas para encontrar um substituto ao general Flynn. Três militares estão cotados, mas o novo conselheiro de Segurança Nacional será provavelmente um civil, o ex-embaixador americano na ONU, John Bolton, revela o correspondente da RFI.
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